O presidente americano, Donald Trump, informou nesta última segunda-feira (20) que vai “suspender temporariamente” a imigração para os Estados Unidos, devido a pandemia do novo coronavírus.
“Diante do ataque deste inimigo invisível e da necessidade de se proteger os empregos dos nossos grandiosos cidadãos americanos, vou firmar um decreto para suspender a imigração aos Estados Unidos”, escreveu o presidente no Twitter.
A pandemia – que já deixou 167 mil mortos no planeta, sendo 42 mil nos Estados Unidos – provoca um severo impacto econômico e desde meados de março levou à demissão de 22 milhões de americanos, segundo as solicitações de auxílio desemprego.
Esta situação de desaceleração global joga contra o planos de Trump, que tentará permanecer no cargo nas eleições de novembro.
Trump, que fez do combate à imigração ilegal uma de suas bandeiras, fechou um polêmico acordo com o México para que os solicitantes de asilo nos EUA permaneçam naquele país enquanto se analisa o pedido, e forçou acordos migratórios com El Salvador, Honduras e Guatemala.
Estes pactos com os países da América Central – muito criticados por organizações de defesa dos direitos humanos – conseguiram reduzir o número de pessoas detidas na fronteira de 144 mil em maio de 2019 para 33 mil em março passado.
O líder da Liga de Congressistas Latinos, Joaquín Castro, reagiu ao anúncio afirmando que “esta ação não é apenas uma tentativa de desviar a atenção do fracasso de Trump em deter a epidemia e salvar vidas, mas também um gesto autoritário que aproveita a crise para promover uma agenda contra a imigração”.
Além de sua linha dura contra a imigração irregular, Trump também busca limitar a entrada de imigrantes legais nos Estados Unidos.