Anderson Valentim, presidente da Associação de Apoio ao Agente da Segurança e Ex-policiais do Brasil (Apasepol), afirmou nesta quarta-feira (10) na revista Época, que a tropa em todo país vê o governo Bolsonaro como “inimigo”, em resposta à tentativa de incluir policiais na PEC emergencial, que trava aumento de salários.
“A tropa está desacreditada. Já está vendo esse governo como inimigo. A falácia de Bolsonaro durante mais de 20 anos era que ele sempre lutaria pela segurança pública. Não é verdade”, disse Valentim, sargento da PM no Rio de Janeiro.
“Para 2022, se continuar nessa bagunça aí, a tropa não vai apoiar. Isso é no Brasil todo. Somos mais de 400 mil policiais no Brasil. Se multiplicar a influência, você chega a milhões. Elegemos Bolsonaro para tratar policial com dignidade, como ele prometeu”, acrescentou o sargento, cobrando que o alto escalão dos Três Poderes dê sua contribuição, além de “sacrificar os policiais”.
Mais cedo, Hamilton Mourão cobrou uma “cota de sacrifício” de policiais e agentes de segurança na PEC do auxílio emergencial.
Valentim rebateu:
“Mourão foi muito infeliz. Que sacrifício os militares deram no tempo de caserna? Que sangue eles derramaram pelo país? Eu não vejo”.