Cerca de 10 mil trabalhadores de hotéis se declararam em greve neste domingo (1º) nos Estados Unidos, em pleno fim de semana prolongado no qual se espera que milhões de pessoas viajem pelo país.
As paralisações começaram em 25 hotéis de oito cidades, entre elas Boston (leste), San Francisco (oeste) e Honolulu (Havaí), exigindo melhorias salariais e o retorno ao nível de funcionários anterior à pandemia de coronavírus.
Os hotéis das grandes redes Hilton, Hyatt e Sheraton foram afetados: 5.000 trabalhadores deixaram seus postos apenas na capital havaiana, Honolulu, o que afetou o serviço de 10.557 quartos, segundo o sindicato UNITE HERE, que convocou a greve.
O sindicato assinalou em comunicado que “muitos hotéis se aproveitaram da pandemia de covid-19 para reduzir o pessoal e os serviços aos hóspedes que nunca foram restabelecidos, o que fez com que os trabalhadores perdessem seus empregos e rendimentos”.
Os grevistas montaram piquetes em vários hotéis de Boston, segundo constatou um correspondente da AFP, enquanto fazem planos para a realização de uma manifestação nesta segunda.
Essas medidas acontecem no contexto do feriado “Labor Day” – o dia dos trabalhadores nos Estados Unidos -, no qual milhões de americanos realizam deslocamentos pelo país. Segundo o grupo de monitoramento AAA, as viagens nacionais para essa data em geral subiram 9% em comparação com 2023.
“Atualmente, a indústria hoteleira está obtendo lucros recorde, enquanto os trabalhadores e os hóspedes ficam para trás. Muitos hotéis ainda não restabeleceram os serviços padrão que os hóspedes merecem, como o serviço de limpeza diário automático e o serviço de quarto”, acrescentou a presidente internacional do sindicato, Gwen Mills.