A liberação das vaquejadas sem a presença do público foi requerida ao governador Rui Costa (PT) pelo deputado estadual Tiago Correia (PSDB). No documento, protocolado na Assembleia Legislativa, o parlamentar pediu ainda que o gestor publique um decreto onde a realização do esporte não afete as medidas de enfrentamento à pandemia no novo coronavírus, mantendo todos os protocolos de higiene e proteção pessoal, com uso de máscaras e álcool em gel e mantendo o distanciamento.
Na indicação, o tucano diz que “dentro do setor agropecuário, a vaquejada vem sofrendo de maneira significativa devido ao cancelamento dos eventos”. O deputado argumenta ainda que as pessoas que dependem desse esporte estão enfrentando sérias dificuldades financeiras.
Tiago Correia alerta ainda que “esses empregos dependem da realização dos eventos esportivos, pois envolvem organizadores, tratadores, vaqueiros, veterinários, motoristas, ajudantes de curral, casqueadores, comerciantes, vendedores de ração, entre outros diretamente ligados a cadeia dos eventos, sem contar os milhares de empregos indiretos gerados pelo negócio”.
O legislador destacou que, “neste esporte, os competidores competem montados em cavalos e não se tocam, inclusive mantendo uma distância mínima. O locutor e o juiz ficam instalados em cabines isoladas, uma no início e outra no fim da pista, não tendo possibilidade de contato com outras pessoas. As inscrições são realizadas por celular e em alguns casos por aplicativos através da internet”.
Por fim, Tiago lembrou que a vaquejada é uma prática esportiva, atividade cultural típica da região do Nordeste brasileiro e foi reconhecida como patrimônio imaterial do Brasil através da Lei Federal 13.364/16 e regulamentada pela Lei Federal 13.873/19. Na Bahia, são realizados anualmente cerca de 200 vaquejadas por ano, em média quatro por final de semana, movimentando milhões de reais e gerando mais de 50 mil empregos diretos.