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A terceira via parece estar se organizando. Mas segundo a coluna de Brenno Grillo, no Bastidor, é tudo cena – ou sonho. Salvo o imponderável, a parceria de ocasião dos que pontuam abaixo dos 5% só servirá para fechar acordos políticos de médio prazo e saciar aspirações de curto prazo. Um exemplo é Luciano Bivar, anunciado ontem (terça) como presidenciável do União Brasil. O ex-presidente do PSL tem tanta chance quanto Eymael.
Mesmo sem projeção política nacional, o político tem o apoio de ACM Neto. Ele não se importa que seu partido tenha candidato a presidente ou que seus eleitores votem em Lula. Quer se desvencilhar dessa disputa (que só lhe faz perder eleitorado). O ex-prefeito de Salvador sabe que a aventura de Bivar é apenas isto: uma aventura.
Há ainda conforme Brenno Grillo, o nome de João Doria. Bruno Araújo, presidente do PSDB, disse que as prévias foram protocolares e o que vale mesmo é o pacto da terceira via. Doria tem obsessão em ser presidente e pode até conseguir viabilizar sua candidatura. Mas só ele acredita que tem condições de montar uma chapa competitiva.
Sobram Simone Tebet e Eduardo Leite, que são os mais cotados pelo grupo para formarem uma chapa. Mas parte do MDB prefere ficar sem candidatura própria. Somados os citados, exceto Bivar (que nunca foi incluído em pesquisas), o total é de 6 pontos percentuais em pesquisa divulgada em meados de março; resultado aquém dos 40% de Lula e dos 30% de Bolsonaro.
