Foi por meio de um tuíte que a comunidade internacional – e parte do governo brasileiro – soube ontem que o país iria aderir à iniciativa de cortar emissões de metano, liderada pelos Estados Unidos e apoiada pela União Europeia. O governo brasileiro era contrário segundo o jornal O Globo, mas cedeu à pressão americana. Mais de cem países anunciaram, na COP26, que se uniram à proposta de cortar emissões de metano em 30% até 2030, em relação aos níveis de 2020.
Em 2020, o Brasil emitiu 20,2 milhões de toneladas de metano, um gás-estufa muito mais nocivo que o CO2, sendo 72% pela agropecuária. Para reduzir as emissões será preciso diminuir o rebanho ou investir no melhoramento da pecuária.
Apesar da negativa brasileira, os Estados Unidos seguiram pressionando. Nos últimos dias, o embaixador do Brasil em Washington, Nestor Foster, convenceu o Itamaraty a aderir à iniciativa, apurou o jornal Valor. A mudança foi recebida com “assombro” por setores do governo brasileiro. Procurado, o Ministério do Meio Ambiente não se manifestou.