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segunda-feira 13 de dezembro de 2021 às 06:22h

Sindicato dos Jornalistas da Bahia repudia agressão sofrida por jornalistas no Sul do estado

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O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) divulgou uma nota repudiando a agressão sofrida por equipes da TV Bahia e TV Aratu na manhã deste último domingo (12), em Itamaraju, no extremo sul do Estado, durante a passagem do presidente Jair Bolsonaro pela região. De acordo com informações da GloboNews, a equipe de segurança formava uma espécie de paredão no estádio onde o chefe do executivo pousou e agiu para impedir a aproximação de repórteres.

Um dos seguranças segurou a repórter Camila Marinho com a parte interna do antebraço, numa espécie de “mata-leão”. O segurança pessoal de Bolsonaro ainda tentou impedir que os repórteres erguessem o microfone em direção ao presidente. No tumulto, um apoiador do presidente puxou os microfones e o aparelho da TV Bahia teve a espuma rasgada.

“Durante o episódio, mais um que se soma ao rol de fatos idênticos que envolvem este governo autoritário e violento, os colegas Chico Lopes e Dario Cerqueira (Aratu) e Camila Marinho e Clesriton Santana (Bahia) foram atacados para impedir que eles se aproximassem do presidente”, diz a nota.

“Este comportamento agressivo do presidente e seus apoiadores não é novidade. Se há algo novo é que as ações estão se tornando cada dia mais explícitas e violentas. É da natureza deste governo e do bolsonarismo como corrente política a prática da intimidação e violência contra quem não o apoia da forma cega como faz parte de seus seguidores”, ressalta outro trecho do documento.

“Na raiz da violência do presidente, seguranças e seguidores, está a postura antidemocrática e autoritária que caracteriza esta corrente política e é sua forma de imposição e reconhecimento. Este governo elegeu a imprensa como inimiga porque quer se esconder da sociedade e omitir da população a tragédia que são os três anos da pior gestão presidencial da história democrática do país”, continua.

A nota do Sinjorba destaca ainda que, segundo levantamento feito anualmente pela Fenaj, desde 2019 vem crescendo o número de ocorrências de ataques contra a imprensa, sendo que mais de 40% destes casos estão diretamente ligados ao presidente e seus apoiadores.

“É evidente que o clima de violência contra jornalistas tem relação íntima com as falas de Bolsonaro e seus filhos, que fazem um discurso a seus seguidores mais radicais indicando parte da imprensa e do jornalismo como inimigos do governo. O Sinjorba e a Fenaj se solidarizam com os quatro colegas agredidos e exigem que o Supremo Tribunal Federal (STF) se posicione sobre estas atitudes do governo, que já são fruto de uma Ação do partido Rede Sustentabilidade na corte. As entidades também pedem uma postura mais firme das empresas de comunicação contra as agressões e na condenação das mesmas, inclusive exigindo reparação judicial. Sindicato e Federação também convocam a categoria a uma reação mais coletiva, lembrando que em 2022 teremos eleições e este comportamento violento pode ser recrudescido e trazer trágicas consequências”, finaliza.

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