Sete pessoas foram indiciadas por homicídio com dolo eventual pela morte de Diego Maradona e intimadas a prestar esclarecimentos à Justiça na próxima semana. A informação foi revelada por fontes da procuradoria da cidade de San Isidro, em Buenos Aires, à agência de notícias EFE. Também foi solicitado ao juiz de garantias do caso, Orlando Díaz, que proíba os acusados de deixarem o país.
O grupo é composto por profissionais de saúde que atenderam o ídolo do futebol antes da morte, aos 60 anos. São eles: os enfermeiros Ricardo Omar Almirón e Dahiana Gisela Madrid; o coordenador da enfermaria Mariano Perroni; a médica que coordenou a internação domiciliar Nancy Forlini; o psicólogo Carlos Ángel Díaz; a psiquiatra Agustina Cosachov; e o neurocirurgião Leopoldo Luque, médico pessoal de Maradona. A pena varia de 8 a 25 anos de prisão.
Em abril, a junta médica que tenta esclarecer o caso divulgou um documento de 70 páginas no qual aponta que o trabalho da equipe foi “inadequado, deficiente e temerário” e que os profissionais deixaram “o estado de saúde do paciente ao acaso”.
Em relação às horas que antecederam a morte de Maradona, o relatório aponta que “os sinais de risco de vida apresentados pelo paciente foram ignorados”. Além disso, o relatório garante que Diego começou a morrer “12 horas antes das 12h30 do dia 25 de novembro de 2020, ou seja, apresentava sinais inequívocos de período agonizante prolongado”, levando à conclusão de que “o doente não foi devidamente controlado desde as 12h30 do dia 25 de novembro de 2020”.
A autópsia determinou que a causa da morte do ex-jogador foi um “edema agudo de pulmão secundário a insuficiência cardíaca crônica exacerbada”. A autópsia também mostrou que o ex-jogador sofria de graves condições no coração, fígado e rins. Foi descartada a hipótese de que Maradona tenha consumido álcool ou drogas antes de sua morte.