A cerimônia de celebração do 7 de setembro deve contar com um esquema de segurança semelhante ao visto na posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 1º de janeiro. O plano é controlar a entrada de público na Esplanada, onde ocorrerá o desfile militar.
As cúpulas do Exército e do Ministério da Defesa não acreditam segundo Sérgio Roxo e Paolla Serra, do O Globo, que haja risco de mobilizações de bolsonaristas como no 8 de janeiro e no dia da diplomação de Lula, em 12 de dezembro. Eventuais protestos de opositores não poderão ser realizados perto do local onde ocorrerá o desfile, que terá a presença de Lula.
Há o entendimento, no entanto, de que os atos extremistas, naturalmente, elevaram o grau de preocupação. Ainda não há detalhamento sobre a operação, e o número de agentes que serão empregados ainda está sob análise. Encontros para a definição do plano têm ocorrido desde o mês passado.
Em 8 de janeiro, quando ocorreram os ataques às sedes dos Poderes, os bolsonaristas puderam circular livremente por Brasília e chegar até a Praça dos Três Poderes.
No período de Jair Bolsonaro (PL) no poder, o 7 de setembro se transformou em uma data de celebração para os apoiadores do presidente. No ano passado, durante a campanha eleitoral, o presidente fez um ato com apoiadores na praia de Copacabana, no Rio.
A organização do Dia da Independência este ano ficará a cargo da Secretaria de Comunicação Social, comandada pelo ministro Paulo Pimenta. Ontem, foi realizada uma reunião entre Pimenta, os ministros José Múcio (Defesa) e Marco Amaro (Gabinete de Segurança Institucional) e os comandantes do Exército, Tomás Miguel Paiva, da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, e da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno.
De acordo com participantes, o encontrou serviu para tratar de opções de trajeto e locais para montagem de arquibancada.