domingo 28 de abril de 2024
Para um plenário lotado, a deputada Fátima Nunes fez um balanço da trajetória de lutas da agremiação partidária Foto: Carlos Amilton/Agência ALBA
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sexta-feira 15 de março de 2024 às 15:40h

Sessão especial na AL-BA marca os 44 anos do Partido dos Trabalhadores

NOTÍCIAS, POLÍTICA


A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), em sessão especial realizada nesta quinta-feira (14), celebrou os 44 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores, que nasceu em 10 de fevereiro de 1980 como uma alternativa da classe trabalhadora ao sistema econômico e político vigente àquela época no país. Secretários e gestores públicos, parlamentares estaduais e federais, prefeitos, vereadores, lideranças municipais, dirigentes sindicais, ativistas sociais, representantes do movimento negro, religiosos das comunidades eclesiais de base da Igreja Católica, artistas e intelectuais do mundo acadêmico participaram da homenagem, uma proposição da deputada Fátima Nunes, líder da bancada na Casa do Povo.

“No começo, era só um retalho de pano vermelho, que a Marisa pegou e costurou uma estrela branca por cima”. Foi com esta mensagem do presidente Lula, proferida este ano no aniversário da legenda, que a proponente da sessão abriu os trabalhos no Plenário Orlando Spínola, completamente lotado. Bastante emocionada, a deputada Fátima Nunes destacou as inúmeras transformações feitas pelo PT, em nível nacional e local, com a adoção de programas como Luz para Todos e Minha Casa Minha Vida, dentre outros. Ela saudou a juventude que organiza a renovação do partido nas periferias das cidades e conclamou a todos para cantar a música da campanha que embalou a vitória em 2022: “Bote essa estrela no peito, Não tenha medo ou pudor, Agora eu quero você, Te ver torcendo a favor. A favor do que é direito, da decência que restou, A favor do povo pobre, mas nobre, trabalhador!”, encerrou a parlamentar.

Diversos oradores se revezaram na tribuna, relembrando a trajetória de lutas, conquistas e avanços ao longo das últimas quatro décadas. Éden Valadares, presidente regional do PT, falou sobre as marcas do Partido dos Trabalhadores, nos governos Lula e Dilma, que “proporcionaram crescimento econômico com desenvolvimento social, além de sustentabilidade ambiental aliada com políticas sociais afirmativas e reparatórias”. O ex-diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE) mencionou programas como Mais Médicos, Farmácia Popular, Prouni, Pronatec, Bolsa Família e Política de Cotas para dizer que essas conquistas representam um orgulho para o PT e toda a sociedade brasileira. “Estamos agora sendo desafiados com o tema da religiosidade. Não há nenhum documento do PT que fale mal de nenhuma comunidade religiosa. É preciso rever nossa forma de diálogo com os cristãos neopentecostais e também se reconectar com a classe média, pois somos nós que defendemos todo esse pessoal”, alertou o presidente da sigla na Bahia.

Em nome dos gestores municipais, a prefeita Moema Gramacho, de Lauro de Freitas, exaltou a militância, “que sempre foi para as ruas em momentos cruciais da história do Brasil”, e lembrou do aguerrido e saudoso deputado Paulo Jackson, um dos que ajudaram na construção do partido. Elogiado por ter sido o político que venceu o carlismo na Bahia, o senador Jaques Wagner (PT) frisou que os desafios dos anos 80 são diferentes dos tempos atuais, mas “o que nos anima é a nossa caminhada, um partido progressista, de esquerda e humanista, que luta contra o preconceito e pela justiça social, defendendo a dignidade das pessoas”. Sindicalista dos petroquímicos, o primeiro presidente do PT na Bahia lembrou do Movimento Diretas Já, quando muitos morreram na luta contra o regime autoritário, e revelou fatos sobre a criação do PT, em conversa que teve com o então líder metalúrgico que 20 anos depois se tornaria o chefe da Nação. “Só o movimento sindical não vai resolver a nossa vida. Nós precisamos fundar um partido pra interferir na política nacional, pois só assim a gente vai conquistar tudo que a classe trabalhadora quer”, relatou o senador petista para uma atenta plateia.

Desafios

Wagner mostrou sua preocupação com a “fanatização” da política, a mudança nas relações humanas, a precarização dos trabalhos via aplicativos, os conflitos que se proliferam em vários continentes, mas ponderou que, em pouco mais de um ano, o presidente Lula recolocou o Brasil no cenário internacional. “Eu acredito muito na vida longa desse partido e eu espero que todos nós possamos estar à altura dos desafios que a sociedade nos impõe. Somos o farol, precisamos nos preparar para iluminar o caminho dos humanos na terra, porque o quadro é extremamente difícil e temos de dar uma resposta firme para o futuro. Viva o Partido dos Trabalhadores!”, arrematou.

Compuseram a mesa o deputado Rosemberg Pinto (PT), líder do Governo; a secretária Estadual da Educação, Adélia Pinheiro; a vice-presidente do PC do B, Daniele Costa; a diretora nacional do MST, Eliane Oliveira; o presidente do PV-BA, Ivanilson Gomes; Aldinha Sena, secretária interina Estadual da SPM-BA; a deputada Maria del Carmen (PT), presidente da CCJ; Luiz Caetano, secretário Estadual de Relações Institucionais; o deputado federal Zé Neto (PT); a deputada Neusa Cadore (PT) e a deputada Olívia Santana (PC do B). Mulheres do PT foram agraciadas com uma placa comemorativa do evento que contou com as presenças dos deputados Marcelino Galo (PT); Cafu Barreto (PSD); Robinson Almeida (PT); Zó (PC do B); Vítor Bonfim (PV); Bobô (PC do B); além do ex-deputado federal e professor de Comunicação, o jornalista Emiliano José.

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