A retirada da PEC da reforma da Previdência baiana da pauta da Assembleia Legislativa (AL-BA) foi a reivindicação central apresentada, nesta terça-feira (7), ao líder do governo, Rosemberg Pinto (PT), e outros deputados baianos que se reuniram com diversas categorias do serviço público para iniciar os debates sobre o texto enviado à Casa pelo governador Rui Costa (PT).
A iniciativa foi aprovada por entidades representativas dos servidores públicos do Estado e representantes das centrais sindicais CUT, CTP, Força Sindical e CSP com Lutas, que estiveram presentes no encontro, conforme publicou o Bahia Notícias.
A proposição das categorias é de que a retirada do projeto abra uma via de diálogo com o governo para a construção de um novo texto, pensado coletivamente e que permita as mudanças necessárias para uma Previdência sustentável, mas que não onere os servidores.
“Há um sentimento de unidade e de revolta muito grande nos servidores públicos pelo conteúdo e pela forma. Compreendemos que o governo do Estado precisa fazer adequação à portaria do governo federal, que é a alíquota de no mínimo 12% e a criação de uma Previdência complementar, mas o Estado da Bahia já fez essas duas coisas ano passado”, destacou a vereadora de Salvador, Aladilce (PCdoB), que também participou da reunião de negociação.
“Se a Bahia já está dentro dessas exigências, não precisava dessa urgência, desse açodamento como o governador fez aqui. É praticamente como uma atitude de desprezo com os servidores públicos e democracia não se faz sem diálogo”, ponderou a vereadora.
Diante desse pleito, o líder do governo prometeu encaminhar a orientação à Secretaria de Relações Institucionais (Serin) e retomar o diálogo na sexta-feira (10). Pinto garantiu ainda que vai encaminhar as sugestões apresentadas pelo PCdoB “assim que o relator for definido” para que ele possa fazer uma análise em diálogo com o Executivo.