Líder da bancada do PSD no Congresso pelo terceiro ano consecutivo, o deputado federal Antônio Brito parece ter novos desafios no seu horizonte político.
De olho nas eleições municipais de 2024, o parlamentar confidenciou para Fernando Valverde e João Guerra, do jornal A Tarde, o “sonho” de ser candidato à Prefeitura de Jequié, vencida em 2022 por Zé Cocá (PP), virtual candidato a reeleição.
Em conversa com a imprensa na concentração da saída do Olodum, na tarde desta sexta-feira, 17, Brito falou sobre os planos.
“Fui oposição a Zé Cocá desde o início e quando o mesmo traiu o governador Rui Costa, nós fomos firmes e eu conduzi a campanha de Jeronimo que saiu vitoriosa em Jequié. Agora o grupo vai se unir, para que possamos fazer um amplo debate para ter o nome. Eu estou na liderança do partido e seria um sonho ser candidato em Jequié”, pontuou.
Ao lado do filho, o vereador Edvaldo Brito afirmou que tanto Antônio quanto o PSD teriam capilaridade para tentar a Prefeitura de Salvador.
“Acho que o PSD é um time que tem nome e tem o campo para jogar. E time que não joga a partida, não ganha”, disse arrancando risos de Antônio. “Isso é ele quem tá falando, hein?”.
Governo Lula
Na base de apoio do presidente Lula, Antônio fez ainda uma avaliação sobre o começo de gestão do petista e sua relação com o Congresso Federal, algo que de acordo com ele, vai na contramão do que estava sendo feito no governo Bolsonaro.
“Eu acho que pra começar, ficaram mais claras as relações dentro do congresso e entre a oposição e o governo. Há um dialogo político agora e isso é muito importante. Estão debatendo a área econômica e a reforma tributária, então é um governo que faz política. O presidente Lula já teve duas reuniões com lideres e com o grupo de coalizão e tem feito trabalho com a base. Agora, voltando do Carnaval que iremos ver como vão se comportar com as matérias chegando e as bases dentro do Congresso se relacionando”, avaliou.
De acordo com ele, o diálogo com o ministro da Economia, Fernando Haddad (PT), vem sendo essencial para acalmar os ânimos dentro do parlamento e unir as bases em torno da construção da agenda econômica.
“Temos diversas reuniões com o ministro Haddad e temos duas medidas provisórias para pautar a economia. Temos a 11/60 e a 11/58, que tratam respectivamente do CAF e do COAF, e são medidas que o Haddad tem trazido como debate inicial para a reforma tributária e temos a certeza que esse diálogo ira acontecer e que na hora certa o presidente Lula irá chamar a todos e acalmar não apenas a sua base como também a oposição e o mercado”.