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sexta-feira 10 de fevereiro de 2023 às 08:17h

Sergio Cabral: rotina de transferências e mordomias nos seis anos de prisão

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


Nos seis anos em que esteve preso, Sérgio Cabral Filho foi suspeito, em mais de uma ocasião, de desfrutar de mordomias vedadas aos demais internos do sistema carcerário.

Segundo o jornal Extra, no episódio mais recente, em março de 2022, durante inspeção realizada no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói, as autoridades encontraram desde toalhas gravadas com o nome do ex-governador até talheres de inox, uma prateleira com fundo falso para esconder celulares, chuveiros com um sistema próprio de aquecimento e uma lista contendo itens de um verdadeiro banquete de comida árabe. A fiscalização encontrou ainda placas de isopor instaladas no teto, para diminuir o calor, e piso emborrachado.

Em nota divulgada à época, a defesa de Sérgio Cabral alegou não ter sido encontrada qualquer irregularidade na cela dele e que nenhum dos objetos apreendidos nas áreas comuns estava relacionado ao ex-governador.

Após a vistoria, a Justiça determinou a transferência de Cabral para a Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, presídio de segurança máxima conhecido como Bangu 1. As transferências, por sinal, foram frequentes no período em que o político passou na prisão. Foram seis unidades prisionais diferentes, no Rio, em Niterói e em Pinhais, no Paraná.

A linha do tempo de Cabral no cárcere começa em novembro de 2016, quando ele é levado para a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida por Bangu 8. Em maio de 2017, é transferido para a Cadeira Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte. No local, foi montada uma pequena “sala de cinema” com direito a TV de 65 polegadas, caixas de som e um equipamento capaz de reproduzir acervo de 160 filmes.

Após a descoberta, o ex-governador foi transferido, em janeiro de 2018, para o Complexo Médico de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, capital paranaense. A temporada no Paraná durou pouco menos de três meses. Em abril de 2018 ele volta ao Rio, mais uma vez para Bangu 8, onde câmeras de segurança flagraram o político circulando livremente pelo local e recebendo visitas fora do horário determinado.

Em setembro de 2021, é transferido para o BEP da Polícia Militar, em Niterói. Como resultado da vistoria realizada em março de 2022, é transferido primeiro para Bangu 1, depois para o Quartel dos Bombeiros do Humaitá e, em junho, retorna ao BEP onde fica até dezembro quando lhe é concedida a prisão domiciliar.

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