Filiado ao PSD, Sérgio Brito deixou o comando da Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) para, como deputado federal, votar projetos de interesse do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara, em Brasília.
Entre a matérias que Sérgio Brito ajudará o governo federal a aprovar está, segundo o jornal Tribuna, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). No entanto, até o final deste mês, o pessedista deve retornar ao estado baiano para reassumir a Seinfra.
Ele assumiu a Seinfra este ano no governo Jerônimo, no lugar de Marcus Cavalcanti. Brito também passou pelo comando da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), durante o governo de Rui Costa, hoje ministro da Casa Civil, e foi Secretário Municipal de Planejamento, Tecnologia e Gestão da Prefeitura de Salvador.
A manobra, apesar de Brito garantir que a sua saída está sendo para tratar de emendas parlamentares, escancara as dificuldades que o presidente da República tem encontrado pela frente para estabelecer a governabilidade nesta sua terceira gestão. De volta ao poder, o atual chefe do Palácio do Planalto já teria, inclusive, se queixado com aliados a respeito das limitações que tem encontrado.
Recentemente, vale lembrar, Lula escolheu Gilliano Fred Nascimento Cutrim, conhecido como Gil Cutrim, do Republicanos, ex-deputado federal e próximo ao ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, seu correligionário, para ocupar a diretoria de Estratégias e Finanças na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em mais um movimento para acomodar partidos do Centrão no alto escalão do governo.
Essa vaga é uma novidade na estatal e foi incluída a pedido do Palácio do Planalto na medida provisória que concede reajuste salarial para os servidores federais. A previsão, agora confirmada, era de que a cadeira na diretoria deveria entrar na negociação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para atender às demandas do Centrão, em busca de uma maioria no Congresso.
O novo diretor em questão foi deputado federal pelo PDT entre 2018 e 2022, mas foi expulso do partido ainda no início do ano passado por infidelidade partidária ao apoiar o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Atualmente, a Codevasf é presidida nacionalmente por Marcelo Moreira, engenheiro da Bahia ligado ao líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento.