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segunda-feira 1 de agosto de 2022 às 14:12h

‘Ser mulher pública é ser ameaçada’, diz Manuela D’Ávila denunciando novos ataques contra ela e a filha

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Após desistir de concorrer ao Senado Federal, a ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB) denunciou, nesta segunda-feira, novas ameaças contra ela e sua filha, Laura, de apenas seis anos. Conforme a coluna Sonar, um print divulgado pela vice na chapa de Fernando Haddad (PT) à Presidência em 2018, um internauta xinga, faz comentários sexuais a filha de Manuela e ameaça esquartejar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Ser uma mulher pública no Brasil é ser ameaçada permanente. É conviver com a ameaça de estupro como correção pela coragem, com a ameaça de morte como silenciador”, escreveu na publicação.

“Essa é mais uma das ameaças que eu, minha filha e também minha mãe sofremos”, completou a ex-deputada. Na publicação desta segunda-feira, nomes como da deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) e da pré-candidata ao Congresso Nacional Erika Hilton (PSOL-SP), se solidarizam a colega. “Estamos com você, Manu”, escreveu Erundina.

O histórico de violência política contra Manuela D´Ávila não data deste processo eleitoral. Em 2020, quando concorreu à Prefeitura de Porto Alegre, a então candidata precisou recorrer à polícia para investigar ameaças à filha, que na época tinha 5 anos. Em maio deste ano, Manuela D’Ávila decidiu desistir de tentar qualquer cargo em 2022, e citou como razão a “desunião da esquerda” no seu estado natal, Rio Grande do Sul, além da rotina de ataques contra ela e sua família nos últimos sete anos.

No estado, nomes como o do vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), e da ex-senadora Ana Amélia (PSD) mobilizam votos nas últimas pesquisas eleitorais.

Print compartilhado por Manuela D'Avila na manhã desta segunda-feira — Foto: Reprodução/ Instagram

Print compartilhado por Manuela D’Avila na manhã desta segunda-feira — Foto: Reprodução/ Instagram

Leia a íntegra da publicação da ex-deputada:

Mãe e filha e mãe.

Ser uma mulher pública no Brasil é ser amaçada permanente.

É escolher um lugar para o medo, outro para a coragem, outro lugar pro fingir ignorar.

Ser mulher pública é conviver com a ameaça de estupro como correção pela coragem, com a ameaça de morte como silenciador.

Ser mulher pública é ouvir de muitos que não aguentariam nem metade que tá tudo bem, que é assim mesmo. Como se fosse o preço a pagar por estar num lugar que não é o nosso, que não é pra nós.

Essa é mais uma das ameaças que eu, minha filha e também minha mãe sofremos.

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