Ironia do destino ou não, o senador e presidente da CPMI das Fake News, Ângelo Coronel (PSD), foi vítima daquilo que tem tentado combater em Brasília.
Conforme publicou a coluna Anota Bahia, Coronel prometeu neste último domingo (24) acionar a justiça, com base na Lei de Abuso de Autoridade, contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-ministro Sérgio Moro.
O caso refere-se a uma mensagem encaminhada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao ex-ministro, divulgada às 6:22 da manhã do dia 22 de abril. A notícia fala da reativação do Hospital Espanhol, em Salvador, e que sua administração teria sido entregue sem licitação ao Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), que supostamente pertencia ao senador Otto Alencar e seu filho, o deputado federal Otto Filho, ambos do PSD.
Coronel entra na história quando a notícia o acusa de ser o proprietário da empresa que forneceria as refeições da unidade de saúde. A fonte da informação repassada por Bolsonaro seria “uma médica amiga” que garante ter participado de reunião na Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).
“Fiquei perplexo com as Fake News divulgadas envolvendo meu nome de outros políticos que foram repassados por Bolsonaro ao então ministro Sérgio Moro. O presidente tem que declinar o nome da amiga que lhe enviou a mensagem para quem sofra os rigores da lei. Fica patente o intuito do Presidente da República de não só investigar, mas também perseguir e amedrontar adversários”, disse Ângelo Coronel. Já há uma investigação do caso em curso.