O senador Angelo Coronel (PSD) defendeu em entrevista ao PodZé, que o PT “abra mão” de uma indicação para a eleição municipal de Salvador em 2024. O senador elogiou o nome do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) como possível candidato do grupo à Prefeitura da capital baiana e afirmou que o PT “não pode querer tudo”.
“O PT também não pode querer tudo. Os outros partidos têm que ser só coadjuvante? Ninguém é ator principal? O tempo todo coadjuvante não dá. Nós também temos que ser protagonistas e agora é a hora, para a prefeitura de Salvador. Não dá mais pra inventar candidatura, como foi inventada na eleição passada [quando o PT lançou a ex-delegada Denice Santiago, candidata petista em 2020]”, disse Coronel conforme publicou Henrique Brinco, do jornal Tribuna.
“Não adianta só a liderança chegar, subir no palanque e ‘vou eleger fulano’. Não é assim, não. Você tem que ter infiltração. Nós temos que ter alguém competitivo, que seja conhecido, porque, se não, Bruno Reis ganha a eleição no primeiro”, acrescentou o senador. Coronel afirmou ainda que aconselhará Geraldo a tomar cuidado para que a forte presença dele não cause ciúmes na base.
Ainda na entrevista, o parlamentar comentou sobre a eleição de Jerônimo, que derrotou o então favorito ACM Neto (União Brasil) na eleição de 2022: “Muita gente não sabe que ele participou das eleições de 2018 muito ativamente. Ele coordenou a nossa campanha e aprendeu a conhecer a Bahia. Com o advento da indicação dele, facilitou, porque ele já conhecia o estado”.
Coronel ainda afirmou que o petista é “humilde” e que deve fazer um bom governo por isso. “Ele é um bom ouvinte. É despido de vaidade. Ganhou uma eleição em que, talvez, ele jamais tenha imaginado que seria candidato”, analisou.
Sobre a corrida pela Presidência do Senado, Coronel afirmou que vai apoiar a reeleição de Rodrigo Pacheco. “Se ele não fosse candidato, eu seria. Adoro uma urna”, brincou.
Vale lembrar que, nesta semana, Coronel apresentou projeto (PL 2.755/2022) para criar o Dia do Nordestino, a ser celebrado em 8 de outubro. Para Coronel, lembrar dos nordestinos em uma data nacional servirá para enaltecer a figura de um povo fundamental para a riqueza do Brasil