O recém-empossado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, disse que tem “muita nitidez” sobre suas posições e que sempre buscou “agregar” e “respeitar as diferenças”.
Foi a primeira fala pública de Dino como ministro do Supremo.
Para o magistrado, a sua posse na Corte expressou essas características. A cerimônia reuniu cerca de 900 convidados, entre autoridades e políticos de diferentes siglas, governadores e ex-colegas da Esplanada dos Ministérios e os presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
“Sempre procurei agregar, sempre tive muita nitidez nas minhas posições, mas sempre procurando agregar, dialogar, respeitar as diferenças”, afirmou. “Acho que a posse expressou isso bem, na medida em que tivemos a comunidade jurídica, fortemente representada, mas também as outras instituições, os outros poderes, a sociedade civil. Eu estou muito feliz”.
A declaração foi feita em entrevista nesta quinta-feira (22), depois que ele recebeu os cumprimentos dos convidados que compareceram à sua cerimônia de posse.
Dino disse que vai contribuir no Supremo para que o Judiciário “funcione bem” e “distribua Justiça”. Também citou o diálogo entre os Poderes.
“No plano institucional, [que] consigamos sempre elevar cada vez mais a harmonia entre os poderes, na medida em que isso for possível, cada um respeitando sua função, seu papel, tendo muita ponderação, para que com isso possamos ajudar nosso país no principal, que é fazer com que políticas públicas evoluam, os direitos cheguem a todos os lares”, declarou.
“O Supremo tem esse papel, de controle sobre os outros poderes, e isso faz com que às vezes haja daqui ou dacolá uma incompreensão, às vezes uma discordância, divergência, até um atrito. Mas quem conhece a história do direito constitucional no mundo, sabe que sempre é assim”.