Conforme a Coluna Estadão, os bolsonaristas demonstram dificuldade para estruturar as frentes de atuação contra o governo Lula no Congresso. Uma delas envolve o discurso sobre a autonomia do Banco Central. No grupo do PL da Câmara, na semana passada, não houve consenso sobre qual o melhor tom a ser adotado. Alguns parlamentares se preocupam com a possível imagem de que são contrários à redução de juros. “Não vamos cair na armadilha de dizer que somos contra reduzir juros. Vamos esclarecer que juros são reduzidos com governo sério e que infelizmente não temos”, disse um congressista no grupo de WhatsApp do partido. Membros da sigla consideram que a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro do País deixou o PL desorganizado.
Autocrítica
“A ala conservadora tem que ter protagonismo, e está faltando isso. Precisamos nos acertar. Perdemos essa primeira oportunidade (sobre o debate do BC). A vinda do Bolsonaro também será importante para isso”, disse o deputado Capitão Augusto (PL-SP).
Outro assunto que bombou no grupo de WhatsApp do PL nos últimos dias foi a CPMI dos atos antidemocráticos, tema prioritário para os bolsonaristas. Faltam 36 assinaturas na Câmara para o colegiado poder ser criado.
Estratégia
No Senado, um dos focos da oposição, liderada por Rogério Marinho (PL-RN), é dificultar a aprovação da Lei das Estatais. Sinal disso foi que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) apresentou diversas emendas ao texto. Ciro deve ser o líder da minoria no Senado e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) será líder da minoria no Congresso.