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sábado 11 de setembro de 2021 às 12:11h

Secretaria de Saúde da Bahia confirma 13 casos de doença que deixa ‘urina preta’

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Treze casos da doença de Haff, também conhecida como “doença da urina preta”, foram registrados este ano na Bahia, segundo informações da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) divulgadas nesta sexta-feira (10).

Conforme a Sesab, as notificações foram feitas nos municípios de Alagoinhas, Salvador, Maraú, Mata de São João, Camaçari e Simões Filho. No total, cinco permanecem em investigação.

Segundo o portal G1 Bahia, a doença de Haff se caracteriza por ocorrência de extrema dor e rigidez muscular, dor torácica, além de falta de ar, dormência e perda de força em todo o corpo, podendo causar falência renal. Pessoas com a doença apresentam urina na cor de café, causada pela elevação da enzima CPK, associada à ingestão de pescados.

De acordo com a Sesab, os 13 casos confirmados entre janeiro e setembro deste ano, são de pacientes de 20 a 79 anos. A faixa etária mais acometida é de 35-49 anos com sete casos (53,8%), seguida da faixa etária de 20-34 anos com cinco casos (38,5%) e idade ignorada (7,7%). Entre os casos confirmados 66% foram do sexo masculino.

Entre dezembro de 2016 e janeiro de 2017 foram notificados 71 casos de doença de Haff nos municípios de Salvador, Vera Cruz, Dias D’Ávila, Camaçari, Feira de Santana e Alcobaça. Foram registrados dois óbitos, sendo um de residente de Salvador e outro residente de Vera Cruz, ambos com comorbidades.

Já em 2018 e 2019, conforme o órgão de saúde, não houve notificações da doença relatados pelas instituições de saúde.

No ano de 2020, a partir do mês de agosto surgiram casos da doença de Haff nos municípios de Salvador, Feira de Santana, Camaçari, Entre Rios, Dias D’Ávila e Candiba, totalizando 45 casos notificados. Destes, 40 foram confirmados e cinco foram descartados, sem registro de óbitos.

A Sesab recomenda que ao sentir dores musculares e apresentar urina escura após o consumo de peixes ou crustáceos, as pessoas procurem imediatamente uma unidade de saúde.

Tratamento

A doença não possui tratamento específico. Na ocorrência de casos suspeitos, recomenda-se buscar atendimento imediato, exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK) ou TGO para observação do aumento das enzimas musculares.

Além disso, é necessário observar a cor da urina (escura) como sinal de alerta e o desenvolvimento de rabdomiólise, pois neste caso, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 ou 72 horas. Não é indicado o uso de antiinflamatórios.

Medidas de controle

  • Evite comer pescados crus; Não consumir pescados ou crustáceos cuja origem, transporte ou armazenamento sejam desconhecidos. O ideal é comprar esses produtos em locais cuja a procedência ofereça segurança.
  • Recomenda-se exame para dosagem de creatinofosfoquinase (CPK) e TGO para observação da alteração dos valores normais nos exames;
  • Observar a cor da urina (escura) como sinal de alerta e o desenvolvimento de rabdomiólise, pois, nestes casos, o paciente deve ser rapidamente hidratado durante 48 ou 72 horas;
  • Não é indicado uso de antiinflamatórios;
  • Orientar a população a buscar uma unidade de saúde no caso de aparecimento dos sintomas;
  • Identificar outros indivíduos que possam ter consumido do mesmo peixe ou crustáceo para captação de possíveis novos casos da doença;
  • Recomenda-se coleta de amostras de alimentos para o setor de microbiologia de alimentos.

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