A crise do coronavírus deixará até 12,6 milhões desempregados e provocará contração recorde de quase 15% na renda dos trabalhadores caso o governo federal não amplie sua atuação direcionada à população e às empresas. Mesmo com as medidas já anunciadas para formais e informais, que somam R$ 170 bilhões, a massa salarial deve cair 5,2%, a maior queda da série histórica. Sem elas, o recuo seria de 10,3%, mostra estudo do Ibre/FGV.
No cenário mais factível, a retração do PIB seria de 3,4%, e a de horas trabalhadas, 6,7%, com a perda de 6 milhões de empregos. O desemprego terminaria o ano no patamar recorde de 17,8%, contra 11,6% pré-crise. O cenário mais pessimista sinaliza piora profunda no setor de serviços. O PIB despencaria 7%, a massa salarial, 13,8%, e a taxa de desemprego subiria para 23,8%.