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sábado 16 de dezembro de 2023 às 11:13h

‘Se Executivo não tem postura proativa, Lira assume e resolve’, diz deputado do PT

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O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), que ganhou projeção neste ano por ser o coordenador do grupo de trabalho da reforma tributária na Câmara, cobra que ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sejam mais “resolutivos” e “proativos” para resolverem demandas dos congressistas. Em entrevista a  Gabriel Hirabahasi e Lorenna Rodrigues, do programa Papo com Editor, do Broadcast Político, o ex-líder do partido na Câmara disse que, quando isso não ocorre, quem se torna o “grande líder” das reivindicações dos parlamentares é o próprio presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

“Nesta construção de base de governo, todo mundo tem que ter seu papel. Se parte do Executivo não tem postura proativa, alguém [Lira] assume e resolve”, afirmou Lopes.

O deputado defendeu que os ministros debatam mais com os líderes da Câmara e do Senado antes de enviarem propostas ao Congresso. Ao ser questionado sobre a relação do governo com o presidente da Câmara, Reginaldo Lopes disse que ela é “colaborativa” e foi mais direto na cobrança aos Executivo.

“É importante que os ministros também possam ser resolutivos, estabelecer relações mais diretas com o conjunto de parlamentares. Se isso não ocorre, quem se torna um grande líder dessas reivindicações é o próprio presidente Arthur Lira”, afirmou o deputado, que se aproximou do presidente da Câmara neste ano durante os trabalhos da reforma tributária.

“[Os ministros precisam] ser mais dinâmicos, resolutivos. Conseguir encaminhar as reivindicações, ter capacidade de executar [emendas] no tempo mais adequado. Porque senão de fato cria uma insatisfação”, disse.

As críticas de Lopes vêm pouco depois de o PT divulgar, no último fim de semana, um documento censurando a aproximação do governo com o Centrão. Na conferência do partido, a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, chegou a dizer que, se a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caísse, o Congresso “engole a gente”.

Ainda assim, diante desse quadro sobre os trabalhos dos ministros, Lopes avaliou o governo Lula com uma nota 9 e disse que o governo sai vitorioso em 2023 ao conseguir aprovar suas principais matérias no Legislativo.

O deputado afirmou ainda que a avaliação sobre uma possível reforma ministerial no próximo ano caberá ao presidente Lula e que o PT “pode disponibilizar a ele muitos quadros”. “Eu acho que um partido do presidente da República deve ser o principal formulador e também defensor desse governo. Agora ocupar espaço, eu acredito que é uma decisão do próprio presidente da República.”

Lopes, porém, disse que o PT precisa entender a “grande diversidade” existente na legenda, senão “ele acaba não ajudando o governo”. “O PT sempre construiu unidade nessa grande diversidade. Se ele perde esta capacidade de diversidade, ele acaba não ajudando o governo. “O governo tem que entender que lealdade não é sinônimo de submissão. Eu mesmo como parlamentar exerço meu mandato com essa compreensão”, afirmou.

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