Um satélite estadunidense de quase meia tonelada vai cair na Terra neste sábado (29), no meio do Oceano Pacífico — mais precisamente, em algum ponto entre as Ilhas Cook e o Taiti, que ficam no hemisfério sul, quase no meio do caminho entre a Austrália e a América do Sul.
Em 1964, a NASA lançou o primeiro de uma série de satélites geofísicos para estudar a magnetosfera terrestre — o Orbiting Geophysical Observatory 1, ou simplesmente OGO-1. Ele operou até 1969, coletando dados para estudar as interações magnéticas entre a Terra e o Sol, e foi oficialmente desativado em 1971, mas continuou orbitando o planeta até agora.
Atualmente, o OGO-1 completa uma volta ao redor da Terra a cada dois dias. É um tempo relativamente longo, e isso acontece porque sua órbita é bastante elíptica. Agora, de acordo com as observações do Catalina Sky Survey (CSS) e do do Sistema de Alerta de Impacto Terrestre de Asteroides (ATLAS), a gravidade da Terra capturou o satélite com força o suficiente para trazê-lo para baixo. A previsão é que ele queime ao reentrar na atmosfera do nosso planeta neste fim de semana.
Funcionários da agência espacial estadunidense comunicaram que o impacto deve ocorrer neste sábado (29), por volta das 18h10 (horário de Brasília), sem colocar em risco a população da Oceania. “A espaçonave se fragmentará na atmosfera e não representará nenhuma ameaça ao nosso planeta – ou a qualquer pessoa nele – e esta é uma ocorrência operacional normal no fim das espaçonaves aposentadas”, disseram.
O OGO-1 foi apenas o primeiro satélite do programa OGO, que contou no total com seis naves orbitais. Elas foram lançadas nos anos de 1965, 1966, 1967, 1968 e 1969, cada uma equipada com 20 ou até 25 instrumentos. Ironicamente, o OGO-1 é o último a cair — todos os outros já reentraram na atmosfera — talvez por ser o mais leve da família.