No governo Lula, generais próximos a Jair Bolsonaro (PL) deixarão conforme a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, de ser ministros e ganhar supersalários, mas seguirão com salários de cerca de R$ 23 mil. O valor é pago a militares da reserva, uma espécie de aposentadoria das Forças Armadas.
Ministro da Secretaria-Geral, Luiz Eduardo Ramos não receberá mais os R$ 30,9 mil de remuneração civil. Com isso, os vencimentos públicos de Ramos cairão 56%, de R$ 55 mil para R$ 24 mil. Outro general que despacha no Planalto, Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, receberá R$ 23,3 mil mensais. Hoje, são R$ 54,2 mil.
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, cuja folha salarial é de R$ 53,3 mil, terá um salário de R$ 22,4 mil quando sair da pasta. Seu antecessor, general Walter Braga Netto, foi vice de Jair Bolsonaro na campanha e terá vencimentos de R$ 23,3 mil a partir do ano que vem.
Os supersalários se devem a uma medida de Jair Bolsonaro no ano passado. O governo permitiu que militares da reserva pudessem burlar o teto constitucional de R$ 39,3 mil e somar proventos de cargos de confiança no governo com os valores auferidos da caserna. O próprio presidente foi beneficiado. Apenas em junho de 2021, Braga Netto ganhou R$ 101 mil dos cofres públicos.