Decidido a sair do PSL até o próximo dia 15, como publicou a coluna Radar da revista Veja, Jair Bolsonaro queria anunciar nesta semana a criação do seu partido, mas teve que adiar a festa porque o site e o aplicativo da lojinha virtual da nova sigla não ficaram prontos.
É isso mesmo. Além de colher assinaturas, Bolsonaro fará dinheiro vendendo camisetas e suvenires da futura legenda aos bolsonaristas. Tudo será anunciado pelo próprio presidente, em dia ainda a ser definido.
Jair Bolsonaro já havia enviado emissários para saber se o Partido Militar Brasileiro pode ser o seu destino, caso decida deixar a legenda pela qual foi eleito. A nova sigla é articulada pelo coordenador da bancada da bala, deputado Capitão Augusto (PL-SP), e está em fase final de criação, aguardando apenas o aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Conforme o jornal Estadão, o pedido de criação do Partido Militar Brasileiro foi protocolado na Corte Eleitoral em fevereiro de 2018, após Augusto cumprir todas as etapas para o registro. Até hoje, porém, o TSE não definiu um relator para a solicitação e não há prazo para que isso ocorra. “Com o partido pronto, ele está à disposição do presidente”, disse Capitão Augusto, repetindo o que afirmou recentemente na conversa com Fraga.
A mudança de Bolsonaro pode causar uma reviravolta nas eleições de 2020, já que muitos dos eleitos em 2018 conseguiram votos levando o nome do então candidato à Presidência e não devem seguir com o presidente.
Com relação à filiação, os critérios a serem adotados serão minuciosos, para que não ocorra a mesma crise do PSL. “Eu acho que ele vai fazer isso para evitar que ocorra em um novo partido o que aconteceu no PSL, o filtro será maior. É necessário porque o Bolsonaro já foi muito traído e precisa ter tranquilidade no partido para governar bem o Brasil”, disse o deputado estadual de Mato Grosso do Sul e amigo de Bolsonaro, Coronel David. David deve seguir com Bolsonaro para a nova legenda.