A greve dos caminhoneiros chega ao seu sexto dia neste sábado. Até o último balanço da Polícia Rodoviária Federal enviado à imprensa, 596 pontos de bloqueios eram registrados pelo país.
A paralisação segue mesmo após o governo ter anunciado um acordo com os grevistas. Nesta sexta, o presidente Michel Temer decretou que as forças armadas poderiam agir para liberar as estradas.
O desabastecimento dos postos, que estão sem gasolina, diesel e etanol, é a principal consequência da greve, que também deixou supermercados sem alimentos perecíveis, principalmente. A maioria das empresas de ônibus pelo país têm usado apenas 60% da frota.
Na galeria, veja a opinião de cada um dos candidatos à Presidência sobre a paralisação.
Álvaro Dias (Podemos) – “Que se coloquem na cadeia aqueles que assaltaram a Petrobras, e não cobrem essa conta do povo brasileiro”, disse. “[É uma revolta] de toda uma nação, a sociedade brasileira está cansada da incompetência generalizada dos governos e dos governantes, cansada da corrupção e da impunidade como regra e exige mudanças nos rumos do nosso país.”
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Ciro Gomes (PDT) – “A política de preços de Pedro Parente e do Michel Temer é uma fraude que fez uma nação inteira de refém, a economia inteira de refém, para beneficiar meia dúzia de acionista minioritários”, disse Ciro. “O acordo que o governo fez aperfeiçoa essa fraude na medida em que espera nas costas do povo pela renúncia fiscal incabível numa hora difícil como esta com uma solução que não resolve nada.”
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Geraldo Alckmin (PSDB) – “Agora, por mais justa que seja a causa, nenhuma categoria pode fazer do país inteiro seu refém. É preciso autoridade para resolver o problema”, disse.
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Guilherme Boulos (Psol) – “Gasolina a quase R$ 5 é resultado da desastrosa política de preços de Temer e Pedro Parente na Petrobras. Subordinam a empresa pública aos lucros dos acionistas, com aumentos abusivos para a população. Por isso, o movimento grevista é legítimo. Os reajustes devem ser anulados já”, disse. “Empresa pública deve servir a população, não gerar lucro para acionistas. Temer age com covardia, com uma política de preços de combustíveis que se ajoelhou diante do mercado. E agora apela para a força militar”, disse. Ele culpa diretamente Pedro Parente, presidente da Petrobras, e o presidente Michel Temer.
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Henrique Meirelles (MDB) – “É inaceitável que, além dos problemas graves e reais dos preços do petróleo e derivados, haja um componente político-ideológico e empresarial nessa aliança de entidades politicamente engajadas com empresas transportadoras”, disse. “No nível estadual, é preciso realizar uma reforma tributária visando a redução de impostos nos combustíveis”, sugeriu.
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Jair Bolsonaro (PSL) – “Caminhoneiros, parabéns. Vocês estão fazendo uma coisa muito importante, mais até do que as eleições. Eu só peço uma coisa a vocês: não bloqueiem a estrada”, disse o deputado.
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Lula (PT) – “A que ponto nós chegamos? O preço da gasolina, uma greve desse porte, e cadê o governo? O governo não faz nada”, afirmou Lula.
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Manuela D’Ávila (PC do B) – “Sem autoridade pra negociar saídas, sem legitimidade nenhuma, Temer coloca o Brasil inteiro sob GLO [Garantia de Lei e da Ordem]. Essa é a solução improvisada de Temer para a crise”, afirmou.
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Marina Silva (Rede) – “Você segue a lógica de mercado, porque fazendo no olho do furacão com a pressão política, a mensagem que passou externamente é que a Petrobras não está se comportando de acordo com as regras do mercado”, declarou. “E aí vai uma desvalorização das ações da Petrobras na ordem de 11%.”
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