Aliados do ministro da Casa Civil, Rui Costa, avaliaram segundo o colunista Jairo Costa Junior, da Satélite, sobre o momento atual do ex-governador da Bahia.
Segundo a publicação, eles avaliaram o momento de Rui no governo como o de maior fragilidade para o petista e consideram difícil que ele sobreviva à fritura interna e externa por muito mais tempo. Caso a MP que reestrutura a Esplanada dos Ministérios não fosse aprovada na última quarta-feira (31) pela Câmara dos Deputados, calcularam de acordo com Jairo Costa Junior, que a saída de Rui do cargo seria questão de dias. Em contrapartida, a votação da medida acrescentou novos desgastes à uma lista já longa deles. Ao tentar escapar das críticas diárias aos erros de articulação política do governo no Congresso, em grande parte atribuídos a ele, o chefe da Casa Civil criou arestas com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com quem não a relação não estaria boa há um bom tempo, .
“Quando Rui chegou na imprensa e disse que emendas e cargos não são da alçada da Casa Civil, ele atirou em Padilha e jogou no colo do ministro a culpa exclusiva pelas falhas de articulação do governo”, afirma um influente parlamentar do PT da Bahia.
Caciques da bancada baiana no Congresso com acesso aos corredores do Planalto e da Esplanada garantem que os últimos sinais vindos do gabinete presidencial em direção ao chefe da Casa Civil não foram dos melhores e afirmam que a irritação de Lula com as recentes trapalhadas e tensões criadas por Rui Costa virou assunto da vez nas rodas do poder em Brasília. Além das dificuldades na aprovação da MP e dos ruídos em torno de artigos que desidrataram as pastas do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, o presidente culpa o ministro por boa parte dos erros na condução política do governo, especialmente na Câmara, além dos reflexos provocados pelos atritos com o chefe da Fazenda, Fernando Haddad.