sábado 21 de dezembro de 2024
Antônio Rueda, presidente eleito do União Brasil — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo.
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sexta-feira 15 de março de 2024 às 07:25h

Rueda fala em ‘resetar’ o União Brasil em meio a guerra interna no partido

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Presidente eleito do União Brasil, o dirigente Antônio Rueda disse nesta última quinta-feira (14) que o partido está sendo “resetado”. A declaração se dá conforme Caio Sartori, do O Globo, no contexto de guerra interna entre ele e o atual presidente da sigla, Luciano Bivar, alvo de um processo que pode culminar em expulsão.

— Esse partido reseta não só no Brasil, como também no Rio de Janeiro. Começa uma nova história —afirmou Rueda na cerimônia de filiação do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar, que assumirá o diretório estadual.

Na semana passada, duas casas da família Rueda em Pernambuco pegaram fogo, e o dirigente vê indícios de crime. Bivar nega envolvimento. Esse foi o momento mais agudo de uma briga que se arrasta há semanas.

O ato de filiação de Bacellar ilustrou o consenso que há hoje em torno de Rueda. Compareceram todas as grandes figuras nacionais do partido: o secretário-geral e vice-presidente eleito, ACM Neto; o governador de Goiás, Ronaldo Caiado; o líder na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (BA); o líder no Senado, Efraim Filho (PB); e os ministros Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações).

— (A presença de todos aqui) demonstra a unidade, a coesão, a força, o potencial e o tamanho do União Brasil. Nunca estivemos tão unidos e tão fortes. Meu amigo Rueda, tenha certeza: confiamos em você — apontou ACM Neto.

Nova cúpula

A nova cúpula do União Brasil, eleita há duas semanas, começou a debater o cenário político pós-Luciano Bivar (PE), dirigente que pode ser afastado da presidência do partido já na próxima semana. Com o fortalecimento de egressos do DEM, governadores e parlamentares com mandato, a promessa da nova gestão de Antônio Rueda é abrir mais debates sobre o posicionamento da sigla e a organização partidária.

Após a discussão das estratégias para o pleito municipal deste ano, uma das possibilidades é fazer uma ampla avaliação sobre o apoio do partido ao governo Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje, o União Brasil é responsável pela indicação de três ministérios. No longo prazo, as conversas sobre uma federação com o PP também podem ser aprofundadas.

No curto prazo, figuras importantes da legenda acreditam que não vale a pena discutir a retirada do apoio ao governo. A situação atual é vista como cômoda, já que a legenda comanda as pastas de Turismo (Celso Sabino), Comunicações (Juscelino Filho) e Integração (Waldez Góes), ao mesmo tempo que possui liberdade para o posicionamento de parlamentares de oposição.

Uma possível mudança de rota poderia ainda atrapalhar a candidatura de Elmar Nascimento (BA) à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara, com possibilidade de retaliação do governo. Além disso, há receio da perda de influência sobre a máquina federal e o poder de barganha em negociação com a articulação política do governo Lula.

Por outro lado, há pressões crescentes para que a sigla dê apoio ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado, no seu projeto de disputar a Presidência da República em 2026. Na disputa entre Bivar e Rueda, Caiado saiu fortalecido e terá influência relevante sobre a cúpula.

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