Preso desde sexta-feira (6) na Agrupación Especializada da Polícia Nacional do Paraguai, presídio de segurança máxima localizado em Assunção, capital do país, Ronaldinho Gaúcho tem se recusado a comer a mesma refeição que é servida aos outros quase 200 detentos que também estão no local. O ex-jogador e o seu irmão, Assis, só se alimentam com a comida comprada em restaurantes e levada pelos seus advogados.
“É, até certo ponto, compreensível. Ele está muito abatido de estar aqui”, contou ao jornal Estado de SP, o inspetor Santiago Cuenca, responsável pela segurança do presídio.
Ronaldinho tem também ido com frequência à cantina que fica dentro da cadeia para comprar garrafas de água gelada. Faz muito calor nesta época do ano em Assunção e a água levada pelos seus advogados não demora a esquentar. Nesta quarta-feira, por exemplo, a temperatura na capital paraguaia chegou a 40ºC por volta do meio-dia. Os relatos são de que Ronaldinho e Assis passam o dia de bermuda, camiseta e chinelos.
Além de comida, os advogados levaram repelente de mosquito para Ronaldinho e seu irmão. O presídio fica em uma região arborizada, próxima do Rio Paraguai, e há muitos insetos.
Ronaldinho e o irmão dividem uma cela equipada com televisão e ventilador. O banheiro, no entanto, é comunitário e os brasileiros o dividem com outros detentos, entre eles políticos e policiais acusados de corrupção. Os presos mais perigosos estão em outra ala do presídio.