Assim como Arthur Lira (PP-AL) tem feito na Câmara, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), trabalha conforme Mariana Carneiro e Julia Lindner e Gustavo Côrtes, do Estadão, para isolar eventuais adversários na disputa à reeleição. Desconsiderando o PL, que terá 14 integrantes no próximo ano e planeja lançar candidato próprio, Pacheco tem o apoio dos maiores partidos da Casa: PSD (11 senadores), MDB (10), União (10) e PT (9). Outras legendas, como PP (6), Podemos (6), PSDB (4) e PDT (3) pretendem seguir o mesmo caminho. Na última semana, o novo líder do Podemos, Oriovisto Guimarães (PR), disse à bancada que deve trabalhar pela reeleição de Pacheco. O PP de Ciro Nogueira cogitava se aliar ao PL para marcar posição, mas a cúpula do partido não quer correr o risco de perder cargos na Mesa.
O senador Davi Alcolumbre (União-AP) visitou dezenas de parlamentares nas últimas semanas pedindo apoio a Pacheco.
Alcolumbre se aproximou do MDB, com quem já disputou no passado. Na semana passada, ao ver os emedebistas Renan Calheiros (AL) e Eduardo Braga (AM), o amapaense brincou que agora todos fazem parte do mesmo bloco e só podem se manifestar publicamente em conjunto. Pelo acordo, o MDB deve manter a vice-presidência da Casa.
Renan disse aos risos a aliados segundo, a publicação, que nunca imaginou fazer parte do mesmo bloco de Sergio Moro (União-PR), de quem é crítico.
Rogério Marinho (PL-RN) tem se apresentado como pré-candidato aos colegas para verificar a sua viabilidade contra Pacheco.