O presidente do Senado Federal Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi entrevistado nesta segunda-feira (17) na rádio Super 91,7 FM. Ao traçar um panorama da política durante a pandemia, o parlamentar disse que não admite, “nem minimamente, a hipótese de candidatura em 2022”.
“Em relação a 2022, por exemplo, são as discussões que vem sendo travadas aí, gente já se habilitando como pré-candidatos a presidente da República, ou antecipando o discurso eleitoral, eu considero que a minha posição no Senado, eu acho o povo de Minas já me conferiu muito de assumir o Senado Federal por um Estado como Minas Gerais e assumi a presidência do Senado em apenas dois anos como senador, eu não posso sentar nessa cadeira e me permitir uma discussão de política eleitoral de 2022, sob pena de trair os meus próprios princípios”, declarou.
Pacheco afirmou que pelo fato de o país viver uma pandemia ser precedentes e com tantas famílias chorando a perda de entes queridos, as pessoas têm que ter o “mínimo de responsabilidade” em não discutir o pleito do próximo ano, especialmente aqueles que assumiram as posições de protagonismo na República, como o presidente da Câmara, o presidente do Senado, o presidente da República e o ministro da Saúde. A
O senador ressaltou, entretanto que por ser político, em algum momento vai se posicionar tanto em Minas Gerais, como no Brasil, “mas isso não será agora sua pena de sacrificar um trabalho que tem feito diuturnamente de pacificação, de encontrar soluções”.
Sobre a CPI da Covid que investiga supostas irregularidades do governo federal, Rodrigo Pacheco disse que sempre teve reservas ao instituto da CPI e considera que as comissões parlamentares de inquérito ao longo dos anos, tiveram um balanço negativo por servir mais de palanque eleitoral “do que propriamente pra eficiência da investigação”. “Até porque fatos com relevância jurídica que possam até constituir crimes são o melhor investigados pelo Ministério Público, Federal ou Estadual, pela Polícia Judiciária, Polícia Federal, pelos órgãos de controle, como é Procuradoria Geral de Justiça, o Tribunal de Contas da União e o próprio Poder Judiciário, portanto, eu sempre achei que esses fatos deviam é ter o tratamento devido nessas instâncias próprias. Até por pela falta de aptidão do Legislativo para investigações dessa natureza”, ressaltou o presidente do Senado que diz esperar responsabilidade sem antecipação de discussão política do próximo ano no colegiado.
Já em relação ao enfrentamento da pandemia em âmbito nacional, o parlamentar destacou a colaboração do Senado à União e citou, entre outros exemplos, o projeto – que já foi sancionado e tornou lei – que deu a segurança jurídica para a aquisição das vacinas da Pfizer e da Janssen. Pacheco considerou que “obviamente há erros no enfrentamento da bandeirinha por parte do Brasil, mas há erros também nos Estados Unidos, há erros e países na Europa, há erros de diversos países, inclusive a China” e que todo mundo errou no enfrentamento da pandemia, porque era algo novo e difícil de ser estabelecer, inclusive, uma estratégia de enfrentamento, mas que por outros lados existem muitos acertos. O senador pontuou que não deixou, em nenhum momento, de apontar o que considera errado no Governo Federal, e que isso, por vezes, gerou algumas incompreensões em relação ao posicionamento dele.