segunda-feira 17 de março de 2025
Foto: Reprodução
Home / DESTAQUE / Rodrigo Pacheco autoriza criação de comissão sobre atos de 8 de janeiro
quarta-feira 26 de abril de 2023 às 13:06h

Rodrigo Pacheco autoriza criação de comissão sobre atos de 8 de janeiro

DESTAQUE, NOTÍCIAS, POLÍTICA


Com apoio do governo e da oposição, o Congresso deu o ponta pé inicial à Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) dos Ataques Golpistas. O presidente da Casa, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez a leitura do requerimento que cria o colegiado na sessão dessa quarta-feira (26), após o governo mudar de postura e passar a apoiar a investigação.

Antes de iniciar a sessão, Pacheco disse de acordo com Camila Turtelli e Gabriel Sabóia, do O Globo, que seria possível iniciar os trabalhos na próxima semana e que seria necessário “pacificar” e “conter o tumulto”. Agora, para ser instalada, os líderes de cada partido devem indicar quais deputados e senadores vão participar do colegiado. Na primeira sessão é quando o presidente e o relator serão nomeados. Ainda não há data definida para isso acontecer.

O colegiado deve ser palco de debates acaloradas reproduzindo a polarização das urnas entre bolsonaristas e a esquerda. O objetido do colegiado é esclarecer quem foram os responsáveis pelos atos de 8 de janeiro, quando golpistas invadiram e depredaram os prédios da Praça dos Três Poderes em Brasília.

A criação da CPMI foi um pedido da oposição, de autoria do deputado André Fernandes (PL-CE), um dos investigados do Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito sobre a autoria dos ataques.

A intenção inicial da oposição era tentar pressionar o governo, usando o colegiado para sabatinar ministros e aliados.

Do outro lado, petistas evitavam a abertura da investigação sob a alegação de que a CPI poderia concentrar as atenções do Congresso e atrapalhar o andamento de pautas consideradas importantes para a retomada do crescimento do país, como o arcabouço fiscal.

Essa postura dos governistas mudou no dia 19 de abril, após a divulgação de imagens do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, no Palácio do Planalto durante a atuação dos golpistas. As imagens levaram a saída do general.

O governo passou a elaborar uma estratégia para comandar o colegiado e trabalha para emplacar o senador Renan Calheiros (MDB-AL) na relatoria da CPMI.

Por ser um colegiado misto, a CPMI terá um número igual de deputados e senadores indicados por líderes, de acordo com a proporcionalidade dos blocos partidários. Ao todo, serão 32 parlamentares: 16 deputados e 16 senadores.

Na Câmara, o maior bloco é formado por partidos de centro e de esquerda, com 173 deputados, com PP, União, PSDB, Cidadania, Solidariedade, Patriota, Avante, PSB e PDT. Esse grupo deve indicar também o presidente da CPMI e o mais cotado no momento é o deputado Arthur Maia (União-BA).

No Senado, o governo acredita que terá maioria. A avaliação é que 11 senadores próximos ao Palácio do Planalto sejam escolhidos como integrantes titulares da comissão

Os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que eram da cúpula da CPI da Covid, devem também participar da CPI mista. Outros integrantes da CPI passada, como Otto Alencar (PSD-BA) e Humberto Costa (PT-PE) também devem estar entre os membros.

Veja também

Na primeira semana de PSD, Raquel Lyra ganha inserção na televisão para falar sobre seu governo

Quatro dias após se filiar ao PSD, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, fez sua …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!