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O candidato a prefeitura de Salvador Geraldo Júnior do MDB, durante campanha — Foto: Reprodução / Instagram
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sexta-feira 30 de agosto de 2024 às 05:57h

‘Revi meus conceitos e fui aceito. Já fui chancelado pelo PT’, diz Geraldo Júnior

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Vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB) disse em entrevista ao jornal O Globo, que vivia “na infelicidade” antes de deixar o grupo político do prefeito Bruno Reis. Candidato de Lula e do governador Jerônimo Rodrigues (PT) à prefeitura, ele diz que superou desconfianças da esquerda.

O senhor apoiou Bolsonaro em 2018 e integrou o grupo de ACM Neto e Reis. Como explicar essa mudança ao eleitor?

Ninguém permanece com o seu coração e com o pensamento no passado. Ninguém pode ficar com pensamentos que lhe levam ao mesmo lugar. Em 2018, houve uma decisão do nosso grupo político de apoiar o ex-presidente. E nós tivemos a oportunidade, eu e o meu partido, em 2022, de rever esses conceitos. A democracia estava sob ameaça. Revimos conceitos. O mundo não para no passado. Ninguém me pediu em 2022 (quando foi vice de Rodrigues) um atestado de em quem votei em 2018. Fui aceito pela esquerda.

O senhor dizia se entender pelo olhar com ACM Neto. Arrepende-se dessa afirmação?

Quantas vezes seu olhar já deve ter lhe traído? Essa comunicação pelo olhar foi equivocada. É como uma relação societária, matrimonial. Fique na infelicidade, na infidelidade. Tomei a decisão (de mudar de lado) porque sempre fui leal, coerente com as minhas posições. Eu não poderia ficar mais num grupo político que tentava tirar minha autonomia.

Alas do PT de Salvador já declaram apoio ao candidato do PSOL, Kleber Rosa, com críticas de que o senhor não representa a esquerda. Vê boicote à sua candidatura?

Lógico que não. Sou aclamado no coração da esquerda. Logicamente não tenho como agradar a todos. Não são tendências e correntes do PT que declararam apoio ao candidato do PSOL. São pessoas que têm a liberdade e a democracia. Já fui chancelado pela esquerda e pelo PT em 2022.

O ex-ministro Geddel Vieira Lima atuou na articulação da sua candidatura. Que papel ele terá numa gestão sua?

A posição dele foi de espectador, de torcida. Geddel tem quase 40 anos na política, mais de 30 de MDB, não precisa de procuração para fazer a defesa dele. Não participa da minha campanha, não vai participar do governo. Está na torcida para que a gente seja vitorioso.

Lula e o ministro Rui Costa (ex-governador da Bahia) têm priorizado campanhas de outras cidades baianas. Sente falta de atenção à sua candidatura?

De forma alguma, nós tivemos a declaração de apoio do presidente Lula no dia 2 de julho. Tiramos foto em Brasília. Falo com o ministro Rui Costa por mensagem, por telefone, semanalmente ou quase diariamente. Ele tem as limitações institucionais e da própria legislação.

Uma das suas propostas é criar uma secretaria municipal de segurança pública. Como isso pode ajudar?

Vamos criar essa Secretaria de Segurança Cidadã e Defesa Civil para ajudar nas políticas da cultura pela paz, da dignidade, da cidadania. E receber elementos e aportes do governo federal. Recife tem essa secretaria.

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