Relator da CPI da Pandemia e autor de um conjunto de pedidos de investigação contra Jair Bolsonaro por atos praticados durante a emergência sanitária, Renan Calheiros decidiu rebater o chefe da PGR, Augusto Aras.
Como mostrou a coluna Radar, Aras chamou de “lixo” as ações movidas contra Bolsonaro e arquivadas pela PGR, durante uma conversa com um interlocutor no fim de semana.
“Aras é xepa institucional, resíduo autoritário. Quem chamou ato golpista de ‘festa cívica’ e quis aterrar as provas da CPI contra Bolsonaro exala os mais pestilentos odores da lixeira fascista”, diz Calheiros.
No relatório final, Bolsonaro foi enquadrado nos crimes de prevaricação, charlatanismo, epidemia com resultado morte, infração a medidas sanitárias preventivas, emprego irregular de verba pública, incitação ao crime, falsificação de documentos particulares, crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade.
Aras, como mostrou o Radar, sustenta que o Ministério Público não pode ser instrumento de luta política. “A judicialização da política passa pelo que os clássicos chamam de abuso do direito de petição, de representação e de ação; pura chicana político-processual para promover escândalos, ataques aos adversários”, disse.