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terça-feira 17 de outubro de 2023 às 10:00h

Relatora da CPMI diz que 8 de Janeiro foi resultado do ‘bolsonarismo’; assista

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A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apresenta nesta terça-feira (17) o relatório final sobre os atos golpistas. Conforme a Gabriel de Sousa, da coluna Estadão, o texto apontará o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como o autor intelectual dos ataques aos prédios dos Três Poderes. O documento tem 1321 páginas.

No início da leitura do relatório, Eliziane Gama disse que a ação em Brasília foi um “ataque desesperado” após um “golpe ensaiado” pelo ex-presidente. Segundo a relatora, os atos resultaram do “bolsonarismo” e buscavam trazer um caos político no Brasil e, em consequência mais extrema, desencadear uma guerra civil. A senadora disse que o movimento falhou por conta de uma baixa adesão de simpatizantes a Bolsonaro.

Instalada no fim de maio, a CPMI colheu o depoimento de 20 pessoas e recebeu 957 documentos de órgãos investigativos. Após a apresentação do texto da relatora, deverá haver pedido de vista coletiva. A votação do relatório está prevista para esta quarta-feira, 18. A oposição pretende apresentar um voto em separado com conclusões diferentes da apresentada por Eliziane Gama.

Assista à sessão:

O colegiado encerrou a sua fase de depoimentos no dia 3 de outubro sem ouvir os principais alvos de governistas e da oposição. A base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esperava o depoimento de Bolsonaro e do general da reserva Braga Netto, enquanto que os oposicionistas pleitearam sem sucesso a convocação do ministro da Justiça, Flávio Dino.

Governo quer votação em peso, já a oposição prepara textos paralelos

A base de Lula orientou a sua bancada a estar presente durante a votação do relatório. A expectativa do governo é a de aprovar o texto de Eliziane com pelo menos 8 votos de diferença. Em contrapartida, a oposição preparou dois relatórios paralelos ao de Gama. Um deles é assinado pelo deputado Delegado Ramagem (PL-RJ e o outro pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF).

À Coluna do Estadão, Izalci disse que o seu parecer se baseou em denuncias da omissão do governo durante os ataques aos prédios dos Três Poderes. Na manhã desta segunda-feira, o senador apresentou um voto em separado no qual acusa a relatora de parcialidade nas investigações e pede que Flávio Dino e o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias sejam indiciados por omissão imprópria e prevaricação.

CPMI teve Cid em silêncio e acusações de hacker

Durante a fase de depoimentos, a CPMI ouviu o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, que ficou calado durante a sua oitiva realizada em 11 de julho. Preso desde maio, Cid quebrou o silêncio em uma delação premiada à Polícia Federal (PF), onde disse que o ex-presidente se reuniu com os comandantes das Forças Armadas para discutir a possibilidade de um golpe de Estado no País.

A delação de Mauro Cid foi chamada de “fantasia” pelo general Augusto Heleno no depoimento em que prestou ao colegiado no dia 26 de setembro. Durante a oitiva, que foi a penúltima realizada pela CPMI, Heleno também afirmou que desconhecia a “minuta do golpe”, que teria sido escrita por para dar um suporte jurídico para a trama golpista.

No dia 17 de agosto, o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido como “hacker da Vaza Jato” disse em depoimento que o ex-presidente o ofereceu um indulto para que violasse medidas cautelares da Justiça e invadisse o sistema das urnas eletrônicas para expor supostas vulnerabilidades do sistema eleitoral. Segundo Delgatti, a conversa teria acontecido no Palácio da Alvorada e teve a participação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), do coronel Marcelo Câmara e de Mauro Cid.

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