O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), confirmou a inclusão de um cronograma para pagamento obrigatório de emendas parlamentares pelo governo. O plano inclui execução das emendas individuais e de bancada.
O pagamento das modalidades já é obrigatório, mas não existe prazo para o executivo pagar os valores. Forte disse que a falta de cronograma é que provoca o toma lá dá cá de emendas em votações importantes para o governo.
— Ficamos muito à mercê do governo de plantão.
As datas e detalhes do cronograma ainda não foram divulgados. De acordo com o parecer de Forte, as emendas individuais terão reservado um montante de R$ 25,1 bilhões e as de bancada R$ 12,5 bilhões, somando R$ 37,6 bilhões.
Fundo eleitoral
Danilo Forte disse ainda que está propondo ao governo tirar dinheiro do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) para abastecer o fundo eleitoral. Decisão ainda não foi tomada e valor também não foi definido.
Menos contingenciamento para o agro
O relator ressaltou que o limite para contingenciamento do orçamento ainda está em discussão. Há divergências dentro do governo sobre o tema. O Ministério da Fazenda defende um máximo de R$ 23 bilhões, enquanto a pasta do Planejamento afirma que o corte pode chegar a R$ 53 bilhões.
— A meta fiscal é zero, mas o debate agora é em relação ao contingenciamento. Essa discussão está sendo feita. Tem o embasamento legal e o embasamento fiscal.
Danilo Forte ainda acatou a sugestão da bancada do agronegócio para que o contingenciamento de verbas no setor tenham “ressalvas”:
- Subvenção econômica ao Prêmio do Seguro Rural;
- Pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para o agronegócio feitas pela Embrapa;
- Despesa com defesa agropecuária;
- Assistência técnica e extensão rural.
Fundeb
O texto também traz a possibilidade de verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) serem utilizadas por prefeituras para compra de merenda, materiais escolares e transporte.