Quase dois meses após o Conselho de Ética da Câmara aprovar parecer pela cassação da deputada Flordelis (sem partido-RJ), a parlamentar segue conforme a coluna de Igor Gadelha, exercendo o mandato e recebendo o salário mensal de R$ 33,7 mil brutos.
Flordelis vem ganhando “sobrevida” graças a uma combinação de fatores, que vão desde recursos regimentais, atraso na remessa do processo pelo Conselho de Ética e indefinição do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
O conselho concluiu a análise do caso em 8 de junho. Como a coluna noticiou, o presidente do colegiado, o deputado baiano Paulo Azi (DEM), porém, demorou a comunicar a conclusão para que Lira abrisse o prazo regimental para recurso.
A deputada recorreu à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O recurso foi negado em 13 de julho, véspera do início do recesso parlamentar, que só acabará em 3 de agosto.
Agora, o processo depende apenas de Lira para ser finalmente votado no plenário da Casa, última etapa da tramitação. Até agora, porém, ele não marcou a votação. Procurado, o presidente da Câmara não respondeu.