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sexta-feira 26 de maio de 2023 às 14:05h

Recessão, a segunda pior notícia para uma economia

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Quando um país entra em recessão, como agora a Alemanha enfrenta, não é nada necessariamente dramático, apenas parte de um ciclo conjuntural, apontam economistas. Mas isso não impede o medo do fantasma da depressão.Primeiro, a pandemia de covid-19 e todas as suas consequências comerciais, inclusive dramáticas interrupções das cadeias de fornecimento; em seguida, conforme reportagem da DW, a guerra na Ucrânia: nos últimos anos a economia da Alemanha tem passado maus bocados.

Preços e juros disparam, gargalos de abastecimento e racionamento de energia castigam a conjuntura, a qual, segundo as teorias econômicas, comporta-se em ondas, subindo e descendo. Esse ciclo apresenta quatro ou cinco fases, de acordo com o modelo adotado:

– expansão, também denominada crescimento ou prosperidade

– bonança ou boom

– recessão ou contração

– depressão

– recuperação (que coincide com a expansão)

A recessão é, portanto, a fase minguante, quando, por exemplo, não há como esgotar as capacidades de produção, pois no comércio externo caem as taxas de exportação, e no mercado doméstico a demanda por bens e serviços se retrai.

Esse mal não deverá afetar apenas a Alemanha nos próximos tempos, com o alto custo da energia consumindo demasiado poder aquisitivo – dinheiro que fará falta aos consumidores para outros gastos.

PIB acima de tudo

O critério para julgar a situação de uma economia nacional é o tão citado Produto Interno Bruto (PIB), o valor de todos os serviços e bens produzidos num determinado período. Se esse índice se contrai durante dois trimestres seguidos, fala-se de “recessão técnica”.

A Alemanha já enfrentou essa ameaça no fim de 2021, quando o PIB caiu 0,3% no último trimestre devido à pandemia de covid-19. Contudo, nos primeiros três meses do ano seguinte a economia voltou a crescer 0,2%.

Atualmente, porém, a situação é outra, pois a economia alemã encolheu tanto no último trimestre de 2022 quanto no primeiro deste ano.

O horror da depressão econômica

Se a recessão se mantém por um período mais longo, ela pode resultar numa verdadeira crise da economia. Aí se fala de depressão econômica: desemprego e insolvências se multiplicam, as mercadorias se acumulam nos armazéns. Crises financeiras, crash da bolsa de valores e falências bancárias completam o cenário de terror.

Programas de ajuda estatal como antídoto

É, portanto, do interesse do Estado evitar um resvalo para a depressão, a fase mais profunda do ciclo conjuntural. Para tal, deve empenhar-se em combater de antemão as recessões que se anunciam, ou mantê-las o mais breves possível. Entre as medidas consagradas para esse fim estão pacotes de alívio para empresas e cidadãos, subsídios estatais e redução de impostos.

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