Segundo candidato à Prefeitura de São Paulo mais votado nas eleições de 2020, Guilherme Castro Boulos vai disputar com Bruno Covas (PSDB), no próximo dia 29, a condução da cidade mais importante do país.
Em sua segunda eleição – foi candidato à Presidência da República no pleito que elegeu Jair Bolsonaro presidente -, Boulos tentou na campanha consolidar a imagem de um homem de hábitos simples, ligado ao povo, tanto que seu carro Celta, único patrimônio declarado à Justiça Federal, foi personagem relevante na campanha.
Mas a origem desse professor formado em Filosofia, de 38 anos, passa longe do Campo Limpo, onde reside atualmente com a família. Filho de um casal de médicos: sua mãe, Maria Ivete Castro Boulos, é infectologista e seu pai, Marcos Boulos, é o professor do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, médico renomado.
Depois de ter se formado em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), onde ingressou em 2000, especializou-se em Psicologia Clínica pela PUC/SP, do qual obteve o título de mestre em 2017 pela Faculdade de Medicina da USP.
Foi também professor da rede pública de ensino, da Faculdade de Mauá e da Escola de Educação Permanente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Boulos se mudou da casa dos pais, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, para Campo Limpo há sete anos. Filiado ao PSOL, se tornou uma das principais lideranças da esquerda no Brasil e atua ativamente junto ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Começou a flertar com a política já na juventude, ao se engajar no movimento estudantil aos 15 anos, mas começou a ficar conhecido ao participar, em 2003, da coordenação da ocupação de um terreno da Volkswagen, em São Bernardo do Campo. Seu rosto ganhou o Brasil, no entanto, nas eleições de 2018, para a Presidência da República.