De um total de mais de 400 empresas listadas na bolsa de valores, apenas oito possuem retornos consistentes e dividendos crescentes nos últimos cinco anos.
Um estudo da Elos Ayta e da AGF mostra que, além dos dividendos, sete das oito empresas também proporcionaram ganhos de capital (sendo a Localiza a única que não proporcionou ganhos).
As empresas que tiveram dividendos crescentes são:
- Banco do Brasil (BBAS3)
- Localiza (RENT3)
- BTG Pactual (BPAC11)
- WEG (WEGE3)
- TIM (TIMS3)
- Tegma (TGMA3)
- CSU Digital (CSUD3)
- Schulz (SHUL4)
Somente essas companhias listadas acima de toda a bolsa de valores tiveram proventos nominais e ajustados pela inflação com crescimento anual nos últimos cinco anos, juntamente com uma liquidez substancial (média diária de negociações acima de R$ 2 milhões).
O levantamento mostra que, com o reinvestimento dos proventos, todas – exceto Localiza – superaram o desempenho acumulado do Ibovespa nos últimos cinco anos.
Além disso, quatro delas (WEG, Schulz, CSU Digital e BTG Pactual) entregaram retornos acima da variação de 50,32% do CDI no período.
A maior rentabilidade fica com a WEG. Com o reinvestimento dos proventos, a companhia deu um retorno de mais de 280% aos seus acionistas no acumulado dos últimos cinco anos. Sem o reinvestimento, o retorno também seria expressivo, de 250% em cinco anos.
Todavia, o Banco do Brasil possui uma disparidade relevante no comparativo dos retornos com e sem os proventos. Sem o reinvestimento, os ganhos ficam em 3,6%, ao passo que com os proventos ficariam em mais de 57%.
Da mesma forma, as ações da Schulz também possuem uma disparidade relevante, com o retorno sem o reinvestimento de proventos ficando na casa dos 137%, ao passo que com o reinvestimento os ganhos superam 190%.
Olhando para o dividend yield, o Banco do Brasil possui a maior mediana, com 9,6%.
Atualmente, segundo dados do Status Invest, os papéis possuem um yield de 10,9%, com R$ 2,61 pagos por ação ordinária no acumulado dos últimos 12 meses.
Estudo de dividendos é inspirado em metodologia americana
O estudo, nomeado ‘Aristocratas da Bolsa’, é inspirado no conhecido ‘Dividend Aristocrats’, um levantamento que mostra as empresas do índice S&P 500 que aumentaram seus dividendos por pelo menos 25 anos consecutivos.
A metodologia para o estudo de dividendos foi distinta, segundo os elaboradores do estudo, por conta das diferenças estruturais, como séries históricas mais curtas e o impacto significativo da inflação.