O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou neste último sábado (9) conforme o blog Natuza Nery, que o partido terá candidato ao Senado por São Paulo.
O partido vinha pleiteando a vaga de vice na chapa de Fernando Haddad ao governo do Estado, mas viu crescer os acenos do PT paulista a Jonas Donizette, presidente estadual outro partido aliado, o PSB, e ex-prefeito de Campinas.
Medeiros e Donizette discursaram no palanque de Haddad e Lula durante comício em Diadema neste sábado.
O PSB e PSOL desistiram de lançar candidatos próprios ao governo de São Paulo para ajudar Fernando Haddad.
Márcio França (PSB) abriu mão de disputar o Palácio dos Bandeirantes nesta semana.
Guilherme Boulos (PSOL) fez isso há mais tempo, deixando a corrida para disputar uma vaga de deputado federal e com a promessa do PT de apoiá-lo para a Prefeitura de São Paulo em 2024.
Pendência
Mas restou uma pendência, a vaga de vice do PT, que o PSOL quer.
Entretanto, Haddad e a instância estadual de seu partido batem o pé por um vice fora do campo da esquerda — sob argumento de que um nome mais à direita amplia o espectro ideológico da chapa — facilitando a conquistar dos votos de um interior do Estado mais conservador.
Mas o pensamento do PT nacional vai em uma direção diferente. Dirigentes afirmam que Haddad já tem um palanque “amplo” com Geraldo Alckmin e Márcio França, e aprofundar uma aresta com o PSOL não é recomendável.
Lula, inclusive, já afirmou em reunião reservada que não se opõe ao PSOL na vaga de vice. Mas, até aqui, ainda não teve uma conversa definitiva com Haddad.
Paciência
A paciência da cúpula do PSOL com a indefinição sobre quem ocupará a vaga de vice na chapa de Fernando Haddad (PT) chegou bem perto do limite neste sábado.
“Com essa indefinição, teremos candidato ao Senado”, disse ele ao blog.
Medeiros (PSOL) é um dos nomes para a vice de Haddad, assim como Jonas Donizete (PSB).
Nesta segunda-feira (11), o partido de esquerda se reúne para sacramentar a decisão.