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terça-feira 19 de setembro de 2023 às 06:44h

PSOL entrega cargos e deixa governo do PT na Bahia

NOTÍCIAS, POLÍTICA


O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) decidiu entregar os cargos e deixar o governo de Jerônimo Rodrigues (PT) na Bahia. A decisão também tira o partido do Conselho Político que reúne, além do governador e do vice Geraldo Júnior (MDB), representantes de outras 11 legendas.

A saída do partido da base acontece segundo  Eric Luis Carvalho, do portal g1 Bahia, em paralelo a eleição de uma nova diretoria do partido, que ocorreu no domingo (17), e discordâncias públicas de gestão entre o governo do petista Jerônimo Rodrigues e as principais lideranças do PSOL no estado.

Entre os pontos de embate estão segurança pública, questões ambientais e a relação com o servidor público. Candidato a vice-governador em 2022 pelo partido, Ronaldo Mansur foi eleito novo presidente do partido na Bahia. Ele defendeu um PSOL de “cara própria” e independente.

A reportagem procurou a Secretaria de Relações Institucionais do Estado para comentar a saída do PSOL, mas até a publicação da reportagem não houve resposta.

Os motivos

No congresso, o partido listou algumas discordâncias com a gestão estadual. O Conselho Político com 12 partidos e liderado pelo governador foi alvo de críticas e chamado de “espaço artificial, criado para transmitir uma aparência democrática, mas que não significou nenhum avanço político em pontos cruciais para a melhoria de vida da população”.

Único membro do partido com cargo eletivo, o deputado estadual Hilton Coelho chamou a política de segurança pública, que enfrenta uma onda de violência em Salvador, de “política de segurança de extermínio da população negra”. Veja outros motivos.

?Discordâncias de política de segurança pública
? Críticas ao conselho político liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues
?Discordâncias com a política estadual de segurança pública
?Discordâncias com a gestão ambiental do estado
?Discordâncias com a relação entre governo do estado e servidores públicos

Os cargos

Na prática, a entrega de cargos causa poucas baixas na gestão Jerônimo. O PSOL tinha apenas duas indicações, que devem deixar o governo nos próximos dias, ou, caso decidam permanecer nos cargos, devem se afastar do partido. Ambas lotadas na Fundação Pedro Calmon, um braço da Secretaria de Cultura do Estado.

?Franklin de Carvalho Oliveira Junior – Diretor do Centro de Memória da Bahia
?Jorge da Cruz Vieira, o Jorge X – Diretor do Arquivo Público do Estado da Bahia

Aliança nasceu no 2º turno de 2022

A aliança PT-PSOL nasceu no 2º turno da eleição de 2022 para o governo da Bahia. A executiva estadual do partido decidiu apoiar Jerônimo Rodrigues, do PT, contra ACM Neto, do União Brasil. No 1º turno, o candidato do partido, Kleber Rosa, teve 0,48% dos votos e ficou em quarto na disputa.

Após a eleição, com vitória do petista, Jerônimo convidou o PSOL para integrar o Conselho Político e indicou quadros para a gestão.

Os quase nove meses em que o partido esteve na base governista marcaram a primeira vez em que o PSOL participou de um governo na Bahia desde sua criação em 2004.

Ainda assim, o único deputado estadual do partido na Assembleia Legislativa baiana, Hilton Coelho, já se considerava independente.

Em âmbito federal, o PSOL segue com a decisão de integrar base de Lula no Congresso, mas sem ocupar cargos no governo. Apesar de não fazer indicações, o partido tem a deputa federal licenciada Sônia Guajajara como ministra dos Povos Originários do governo Lula.

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