O PSOL baiano já começa a articular conforme o jornal Tribuna, as primeiras tratativas sobre a eleição ao Governo da Bahia. A sigla de esquerda pode, inclusive, lançar uma mulher para a chapa majoritária do ano que vem. A possibilidade ganhou força após o 7° Congresso Estadual, onde se elegeu pela primeira vez na história do partido no Estado uma mulher para assumir a presidência do diretório. A Chapa da oposição, liderada pelo deputado estadual Hilton Coelho e pelo ex-vereador Marcos Mendes, saiu vitoriosa com 58% dos votos e elegeu a militante cultural Elze Fachinetti. A Chapa “PSOL Popular” liderada pelo Ex-presidente, Fábio Nogueira, e por Ronaldo Santos, obteve apenas 36% dos votos, e a Chapa Semente 6%.
Elze afirma na publicação, que é simpática a ideia de ter uma mulher na chapa, mas afirma que ainda é cedo para fazer projeções. “A gente ainda não tem nomes definidos. Mas, eu como sendo a primeira mulher eleita, a gente torce para que o PSOL aumente sempre a presença da mulher na política”, declarou à Tribuna. Questionada sobre Bernadete Souza, que é o nome que aparece com maior força nos bastidores no momento, ela também é cética. “Por enquanto, ela é um quadro forte. É uma mulher de força do campo, mas não tenho como responder isso, porque isso vai ser votado”, ressaltou. Ela também confirmou que o partido vai lançar um candidato para a vaga ao Senado.
Segundo o deputado estadual Hilton Coelho, que deve tentar a reeleição para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), vários nomes já se dispuseram. “A companheira Bernadete Souza é uma delas. Também tem os companheiros Hamilton Assis, Jonatas Monteiro, Dona Mira… Muitos companheiros e companheiras estão colocando seus nomes à disposição, o que mostra que o PSOL vai afirmar um projeto próprio no processo eleitoral da Bahia”, ressaltou.
Para o dirigente da Executiva Estadual do PSOL na Bahia e ex-vereador da capital baiana, Marcos Mendes, há seis anos o grupo da “situação” estava à frente do comando do partido na Bahia e a “base” enxergava a necessidade de uma “oxigenação” da direção, de uma renovação na condução do PSOL baiano. Mendes, inclusive, foi candidato ao Governo da Bahia em 2018.
“Defendemos a descentralização do poder de Salvador e região metropolitana, contemplando o interior do Estado, transparência na prestação de contas, suporte jurídico e contábil a todos os diretórios do partido no interior, realização de um trabalho de formação política, fortalecimento dos núcleos setoriais de mulheres, indígenas, agrários, ecossocialista, entre outros, para que o PSOL se firme na Bahia como uma verdadeira alternativa política. Um partido que caminhe ao lado dos movimentos sociais. Temos os parlamentares mais aguerridos do Brasil. O PSOL é o novo partido contra a velha política “, comemorou, em nota, após a eleição de Elze.