Um dos partidos mais bolsonaristas do Congresso, o PSC decidiu não apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e ficar neutro na disputa. O encaminhamento é fruto de divergências, principalmente no Nordeste, onde candidatos não querem se vincular ao mandatário. Com isso, a coligação de Bolsonaro ficará restrita a PP, PL e Republicanos.
Embora bem menor do que os outros três partidos, o PSC poderia dar a Bolsonaro 12 segundos a mais de propaganda na TV e rádio a cada bloco de programas e diminuir a diferença para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que encaminha uma aliança com oito legendas: PT, PCdoB, PSB, Rede, Psol, PV, Pros e Avante. O PSC tem o mesmo tamanho de Avante e Pros.
Os oito deputados do PSC são majoritariamente bolsonaristas e esperavam uma coligação formal. Recém-empossado deputado federal, Lucas Follador (RO) disse que escolheu o PSC para concorrer justamente pela tendência de apoio ao presidente, mas que se surpreendeu com a decisão de neutralidade.
O PSC reuniu seus dirigentes quinta-feira para debater o posicionamento na eleição. Em nota ontem, o presidente do partido, pastor Everaldo Pereira, afirmou que a Executiva decidiu “liberar os diretórios estaduais e a bancada federal na definição do apoio aos candidatos na eleição de 2022”.