Nas últimas 48 horas, durante reuniões dos diretórios e da cúpula dos partidos em Brasília, os integrantes do Partido Socialista Brasileiro (PSB) começaram a fechar os últimos pontos de um acordo nacional com o pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes.
A tendência é que, nas próximas duas semanas, a legenda anuncie oficialmente o apoio ao PDT.
Na terça-feira, os presidentes dos diretórios regionais do PSB consideraram que, entre três alternativas — candidatura própria, neutralidade e apoio a um nome de outro partido que seja cabeça de chapa —, a saída para manter a força e a unidade partidária é fechar aliança com o Partido Democrático Trabalhista (PDT), de Ciro. A formação das chapas para as eleições deve estar definida entre 20 de julho, quando começam as convenções partidárias, e 5 de agosto, prazo final.
Se a candidatura própria já havia sido descartada com a desistência do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, a neutralidade — defendida por uma minoria dentro da legenda — é vista como alternativa arriscada, pois os diretórios estaduais poderiam ficar livres para firmar acordos próprios, deixando o comando central do PSB sem controle. A dificuldade é unir o desejo de todos os estados em prol de um único presidenciável. Para o presidenciável Ciro, o único entrave ainda é um acordo em Pernambuco, terra do governador Paulo Câmara. Lá no estado ainda há um flerte entre o PSB e o PT para lançar a candidatura de Marília Arraes (PT), que também pleiteia o cargo de governadora do estado, e faz oposição ao projeto de reeleição de Câmara.
Por Ingrid Soares