Manifestantes no Peru foram às ruas de Lima, capital do país, pela 1ª vez na quinta- feira (12) pedir novas eleições em um sinal de expansão dos protestos antes concentrados nas regiões do sul andino.
Os atos pedem a renúncia da presidente Dina Boluarte, que assumiu depois da prisão do ex-presidente Pedro Castillo, em 7 de dezembro de 2022, por tentativa de golpe de Estado.
No balanço divulgado na quinta (12), a Defensoria Pública do Peru contabilizava 48 mortes pelos protestos desde o último mês. Entre as vítimas, estão 41 manifestantes, 7 pessoas que morreram em decorrência de acidentes de trânsitos causados pelos bloqueios de vias e 1 policial.
Ainda segundo o documento, foram convocados só na quinta 36 protestos por todo o país. Os atos levaram à interrupção temporária das atividades no aeroporto de Cusco, cidade próxima às ruínas de Machu Picchu.
Em 20 de dezembro, o Congresso peruano aprovou um projeto de lei para antecipar as eleições gerais no país para abril de 2024. Originalmente, o pleito estava previsto para o mesmo mês de 2026. O projeto ainda precisa passar por uma 2ª votação, marcada para 15 de março.