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quinta-feira 15 de dezembro de 2022 às 10:49h

Projeção de inflação do Ipea para 2023 é de 4,9% para IPCA e INPC

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Índices foram mantidos em 5,7% e 6,0% neste ano

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta quinta-feira (15/12), previsões atualizadas para a inflação brasileira em 2022 e 2023. Para o ano corrente, tanto a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) quanto a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foram mantidas em 5,7% e 6,0%, respectivamente, conforme as tabelas abaixo. As projeções anteriores haviam sido divulgadas em 29 de setembro último.

IPCA: projeção para 2022 (Em % e p.p.)

Elaboração: Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea.

INPC: projeção para 2022 (Em % e p.p.)

Elaboração: Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea.

Mesmo diante de uma trajetória de aceleração mais forte dos alimentos e dos serviços livres, ao longo do ano de 2022, o cenário prospectivo para a inflação brasileira mantém-se favorável, tendo em vista a sinalização de uma deflação ainda mais intensa dos preços administrados. No acumulado do ano, até novembro, a variação registrada pelo IPCA, de 5,1%, reflete, em grande parte, a queda de 4,1% dos preços administrados, especialmente da gasolina (-25%) e da energia elétrica (-19,2%).

A redução dos preços das commodities energéticas no mercado internacional e o aumento no nível dos reservatórios explicam, em grande parte, esse comportamento dos preços destes bens e serviços em 2022. Já em relação aos preços livres, apesar de estarem em desaceleração, a melhora no desempenho deste grupo deve-se, apenas, ao comportamento mais benevolente dos bens industriais, especialmente duráveis. Tanto os alimentos no domicílio quanto os serviços livres apresentam trajetória de alta em 2022.

Com esses resultados, o Ipea manteve a projeção do IPCA em 5,7%, apesar da mudança da composição do índice. Houve um leve aumento das projeções de inflação de alimentos, bens industriais e serviços, cujas taxas estimadas avançaram de 13,2%, 8,7% e 7,6% para 13,3%, 9,0% e 7,8%, respectivamente. Já em relação aos preços administrados, a nova estimativa indica uma deflação mais forte em 2022 (-4,6%) ante a projetada anteriormente (-4,2%).

O cenário se repete em relação à previsão de 6,0% para o INPC. No caso dos alimentos no domicílio, a alta projetada passou de 13,8% para 14,2%, enquanto as estimativas para os bens industriais e os serviços avançaram de 8,3% e 7,2% para 8,4% e 7,5%, respectivamente. Já a deflação esperada para os preços administrados tornou-se mais intensa, passando de -3,9% para -4,4%.

Para 2023, apesar da pequena revisão para cima desde a última previsão (alta de 4,9% ante taxa de 4,7% projetada anteriormente), as estimativas para IPCA e INPC ainda estão baseadas na continuidade deste processo de desinflação pelo qual a economia brasileira vem passando, conforme a tabela abaixo:

IPCA e INPC: projeção para 2023 (Em % e p.p.)

Elaboração: Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea.

A desagregação destas previsões, entretanto, revela mudanças na trajetória tanto dos preços monitorados quanto dos preços livres no próximo ano. Mesmo diante da expectativa de comportamento favorável dos preços do petróleo no mercado internacional e de um cenário hídrico confortável, estima-se que a deflação apresentada para os preços administrados em 2022 seja revertida ao longo de 2023. Além dos reajustes contratuais das distribuidoras de energia e das operadoras de planos de saúde, a recomposição mais acentuada das tarifas de transporte público deve exercer pressão sobre este grupo de preços no próximo ano.

Em relação aos preços livres, as expectativas indicam desaceleração da inflação, em 2023, em todos os segmentos que compõem este grupo de bens e serviços. A perspectiva de queda dos preços das commodities no mercado internacional, aliada à normalização das cadeias produtivas, deve impedir pressões adicionais sobre os preços dos bens industriais e dos alimentos. Com isso, o Ipea projetou alta de 3,3% para os bens industriais no IPCA e de 3,4% no INPC.

Adicionalmente, a projeção de uma safra recorde de grãos e a baixa probabilidade de eventos climáticos adversos ajudam a compor um cenário de alta menos intensa dos alimentos em 2023. As taxas estimadas para a inflação dos alimentos no domicílio são de 5,2% no IPCA e de 5,1% no INPC. Em relação aos serviços livres, a expectativa de crescimento mais moderado da atividade econômica, em 2023, deve trazer uma acomodação do mercado de trabalho, gerando arrefecimento da demanda. Desta forma, estima-se uma desaceleração da inflação deste segmento, cujas altas projetadas para o próximo ano são de 5,4% no IPCA e de 5,5% no INPC.

Leia a íntegra do estudo

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