Em agosto, a produção industrial da Bahia recuou (-4,1%) frente ao mês anterior (julho), na comparação com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.
Foi o segundo recuo consecutivo da atividade fabril no estado, nesse confronto. A produção já havia caído (-5,9%) na passagem de junho para julho.
O resultado da produção industrial na Bahia em agosto também se manteve bem abaixo do verificado no país como um todo, onde houve variação positiva (0,4%). Foi também a 2ª queda mais intensa entre os 15 locais que têm informações para essa comparação, acima apenas da registrada na indústria no Pará (-9,0%).
Frente a julho, 9 dos 15 locais apresentaram crescimento na indústria, liderados por Amazonas (11,5%), Espírito Santo (5,2%) e Rio Grande do Sul (4,3%).
Em relação a agosto de 2022, a produção industrial baiana também seguiu em queda, pelo quarto mês consecutivo, apresentando seu recuo mais profundo nesse período (-7,6%). O indicador do estado ficou significativamente abaixo do nacional (0,5%) e foi o 3º pior entre os 18 locais que têm resultados para a comparação com o mesmo mês do ano anterior, acima apenas de Ceará (-13,1%) e Pará (-8,7%).
Dentre os 18 locais, 11 tiveram crescimento da indústria nesse confronto, liderados por Rio Grande do Norte (49,8%), Espírito Santo (26,3%) e Mato Grosso (8,5%).
Os novos resultados negativos sustentaram as quedas da produção industrial baiana tanto no acumulado no ano de 2023 (-4,1%, 8º recuo seguido), quanto nos 12 meses encerrados em agosto (-5,3%, 5º recuo seguido). Em ambos os casos, a Bahia tem taxas bem inferiores às do Brasil como um todo (-0,3% e -0,1%, respectivamente) e os 4ºs recuos mais intensos entre os locais pesquisados.
O quadro a seguir mostra as variações da produção industrial brasileira e regional em agosto de 2023.
Em agosto, produção caiu em 6 das 10 atividades da indústria de transformação na Bahia, com maior influência do refino de petróleo (-12,1%)
O recuo na produção industrial da Bahia em agosto/23 frente a agosto/22 (-7,6%) resultou de quedas intensas tanto na indústria extrativa (-13,2%, a 16ª retração mensal consecutiva) quanto na indústria de transformação (-7,2%), que caiu pelo quarto mês seguido, com produção menor em 6 das 10 atividades investigadas separadamente no estado.
Apesar de ter tido apenas o quinto recuo mais intenso, a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-12,1%) foi o segmento que mais contribuiu para o resultado negativo da indústria baiana em geral, em agosto. Isso porque é a atividade de maior peso na estrutura do setor no estado, respondendo por quase 1/3 do valor industrial gerado da Bahia – e está em queda há quatro meses seguidos (desde maio).
O segundo impacto negativo mais importante veio da fabricação de produtos químicos, que teve a segunda queda mais intensa em agosto (-21,6%) e recua seguidamente há seis meses, na Bahia (desde março).
Em agosto, mais uma vez, o maior recuo no estado ficou com a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-25,5%), que tem peso menor na estrutura industrial baiana, por isso tem menos impacto no índice geral.
Por outro lado, os maiores avanços, que ajudaram a segurar um pouco a queda da indústria baiana em agosto, vieram novamente da fabricação de produtos alimentícios (21,8%, 9º crescimento mensal consecutivo) e da preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (6,6%, 2º avanço seguido).