As novas placas do Mercosul deveriam ter sido implementadas nesta última quarta-feira (26), em toda a Bahia, no entanto, segundo informações do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA), o sistema passou por um problema e o processo não pode ser iniciado.
Segundo o presidente da Associação dos Fabricantes e Revendedores de Placas, Letreiros e Afins do Estado da Bahia (APL), Marco Anton Ribeiro, 63 anos, a situação aconteceu porque a decisão do órgão de trânsito foi precipitada, a fim de beneficiar uma empresa de Minas Gerais.
Conforme Marco, a série de exigências feitas pelo Detran para a produção das novas placas não se encaixava com as lojas que funcionam na Bahia. Segundo ele, a única exigência que a empresa fabricante não conseguia preencher seria uma unidade fabril instalada na Bahia, no entanto, 10 dias antes da portaria ser publicada, essa empresa teria instalado uma sede em Serrinha, no interior do estado.
No início de dezembro, uma liminar da Justiça suspendeu a portaria do Detran, contudo a data para mudança das placas foi fixada para esta quarta (26). “Além de ir de encontro a orientações do Ministério Público por duas vezes, e também não cumprindo decisão judicial suspendendo o Credenciamento das Empresas por 90 dias, [o Detran] insiste em afirmar que a placa do Mercosul será implantada na Bahia a partir do dia 26/12. Para isso, dia 21 cadastra dois fabricantes sem reunir estampadores sem nenhum planejamento coletivo”, alega segundo o Varela Notícias.
“Como você vai credenciar uma empresa, colocar no Diário Oficial de sábado, que a partir de segunda de manhã ela está autorizada a vender as placas do Mercosul e ele não venderia mais as placas normais? Como uma pessoa vai assinar o contrato, vai comprar durante o Natal, para chegar na quarta-feira de manhã e está esse caos?”, questiona Marco.
Segundo o presidente da APL, a urgência em instalar as placas foi a responsável pelo “caos” gerado para os consumidores nesta manhã. “O diretor do Detran, na sua pressa em credenciar fabricantes e estampadores, no apagar das luzes, foi quem instaurou o caos, pois nem produção das placas houve, o setor de TI não está no mesmo ritmo, não decolou”, afirma em denúncia.