A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta terça-feira (13) que seu governo está pronto para fazer “tudo o que for necessário” para frear a especulação no setor de energia.
No entanto, em audiência na Câmara dos Deputados, a premiê ressaltou que as únicas ações “verdadeiramente eficazes” só podem chegar da União Europeia. “Mas estamos prontos a intervir se as medidas europeias forem tardias ou ineficazes”, garantiu.
Meloni se pronunciou no Parlamento por ocasião da próxima reunião do Conselho Europeu, em 15 de dezembro, que deve se concentrar nos efeitos políticos e econômicos da invasão russa à Ucrânia.
“Estamos prontos a fazer tudo aquilo que for necessário para frear a especulação nos preços da energia. Sob esse ponto de vista, estamos de acordo a respeito do fato de que as únicas ações verdadeiramente eficazes e resolutivas devem chegar da União Europeia”, disse a premiê.
O bloco discute atualmente a criação de um teto para os preços do gás natural, mas as posições dos Estados-membros ainda estão distantes. A Itália, desde a gestão de Mario Draghi, lidera a campanha em favor do teto e está insatisfeita com a abordagem cautelosa de Bruxelas.
“Por enquanto, a resposta da Comissão Europeia é insatisfatória e impraticável”, declarou a primeira-ministra. Uma proposta feita pelo Executivo da UE prevê um teto de 275 euros por megawatt-hora, mas desde que os preços na bolsa de Amsterdã ultrapassem essa barreira por duas semanas seguidas.
O valor é considerado alto pela Itália e por outros Estados-membros, que também discutem um plano da República Tcheca que abaixaria o teto para 220 euros/MWh.